27 de Abril de 2024 • 03:43
Embora enfrente dificuldades para montar palanques em alguns Estados, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), quer tirar proveito das insatisfações geradas na base aliada do governo federal com a reforma ministerial.
O tucano mostra disposição em abrir espaços em seu arco de alianças para acomodar o PMDB - principal aliado da presidente Dilma Rousseff - nos locais onde o partido ameaça se rebelar. A ideia é aproveitar a crise do partido com o governo nas negociações da reforma ministerial para atrair apoios regionais do PMDB para sua candidatura à Presidência.
"O PMDB está sendo vítima dessa obsessão do PT por espaço. Mas dissidências ocorrerão em todos os Estados, porque não é fácil acomodar um latifúndio como esse em uma só chapa", afirmou Aécio. "Os interesses regionais acabam sendo conflitantes e o PT ainda nos ajuda ao querer tudo. O PT quer o poder federal, o poder nos Estados, quer o Senado, a maioria na Câmara e pode acabar ficando sem nenhuma dessas coisas", disse.
O PSDB já articula com o principal aliado de Dilma em cinco Estados, entre eles o Piauí. Lá, o diretório estadual da sigla negocia uma candidatura com o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) como cabeça de chapa e o ex-prefeito tucano Sílvio Mendes na vice.
Outro lugar onde os partidos já começaram as tratativas é na Bahia. O racha entre PMDB e PT no Estado é avaliado como irreversível por integrantes das siglas. Por isso, o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB) abriu negociações com o PSDB e também com o DEM. O drama é semelhante no Ceará. O senador Eunício Oliveira (PMDB) queria ter apoio de Dilma para disputar o governo. O PT, no entanto, deve se aliar ao grupo de Ciro Gomes, hoje no PROS. A tendência é que a aproximação empurre o PMDB para a coalizão tucana.
Panos quentes
O presidente do PMDB em exercício, o senador Valdir Raupp (RO), que trabalha para tentar abrandar o clima de insatisfação entre seu partido e o PT, afirma que a prioridade agora "é acertar alianças entre petistas e peemedebistas nos Estados".
Segundo ele, o apoio mútuo está "praticamente fechado no Amazonas, em Tocantins, no Pará e no Distrito Federal". "Acertamos que se as coligações regionais contrariem a lógica federal, o assunto terá que ser aprovado pela executiva nacional", diz sobre os palanques em que as duas siglas estarão em campos opostos.
Polícia
Um dos agentes envolvidos alegou que sua câmera corporal estava descarregada no momento dos tiros
Cotidiano
O acidente ocorreu por volta das 6h30, no cruzamento da Rua Comendador Martins com a Júlio de Mesquita