06 de Maio de 2024 • 08:48
Funcionários do Hospital Municipal foram cobrar os vereadores sobre a situação da unidade / Rodrigo Montaldi/DL
Funcionários do Hospital Municipal de Cubatão protestaram durante a sessão realizada ontem, na Câmara Municipal. Os vereadores paralisaram os trabalhos para atender a comissão dos trabalhadores. Hoje, uma audiência será realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para tratar do assunto. No próximo dia 13, uma comissão formada por membros do Executivo e Legislativo cubatense deve se reunir com o chefe da Casa Civil do Governo de São Paulo.
“Lamentável ver esse jogo de politicagem onde o gestor, a prefeito e o secretário de Saúde ficam transferindo a responsabilidade da questão da saúde para o Estado. Mesmo que pague os funcionários, o hospital não tem medicamentos, não tem nada. Está atendendo a determinação da justiça com 30% de funcionários de cada setor”, afirmou Carlos Eduardo Martiniano, advogado e diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Santos e Região (Sintrasaúde).
Os ânimos se exaltaram durante a reunião da comissão com os vereadores. Os trabalhadores cobraram dos parlamentares uma posição sobre o pagamento do dissídio coletivo e o futuro do hospital. O vereador Fábio Inácio (PT) anunciou aos funcionários que, no próximo dia 13, às 16 horas, será realizada uma reunião na Casa Civil do Governo de São Paulo. O encontro deve reunir prefeita, secretário de Saúde, vereadores, deputados e o representante do Estado.
“Intercedemos junto aos deputados Paulo Corrêa e Caio França, que conseguiram uma agenda na Casa Civil. Está prevista uma liberação de R$ 500 mil entre hoje e amanhã, referente ao programa de apoio às Santas Casas”, afirmou Inácio. Cobrado pelos manifestantes, o vereador tentou agendar uma reunião com a prefeita, mas não obteve sucesso.
Segundo os representantes da comissão, mesmo com o repasse de R$ 500 mil ainda faltam R$ 400 mil para acertar as pendências referentes ao dissídio coletivo. Eles questionaram também a prioridade dos pagamentos – se aos funcionários ou somente ao corpo médico. A decisão fica a cargo da Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), atual gestora do hospital. A dívida da prefeitura com a entidade é de aproximadamente R$ 10 milhões.
Vereador pede que MP solicite apoio ao Estado
O vereador Adeildo Heliodoro (SD), o Dinho, chegou no final da reunião. O parlamentar protocolou no Ministério Público requerimento solicitando que o órgão agende reunião com o secretário estadual de Saúde, David Uip, no sentindo de efetivar acordo para a transferência de recursos estaduais para a manutenção do Hospital Municipal de Cubatão.
No documento, o parlamentar ressalta visita feita a unidade, onde, segundo ele, haviam apenas 15 pacientes internados e que exames e cirurgias foram suspensos. Ele ainda cita matéria publicada pelo Diário do Litoral, onde Uip declara que a situação crítica do hospital é ‘um problema da Prefeitura de Cubatão’ e reforça a necessidade de apoio do Estado.
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