08 de Maio de 2024 • 07:24
A primeira, e até o momento única liga de futevôlei da Baixada Santista foi fundada mais precisamente em fevereiro de 2013 / LG Rodrigues
Duas duplas disputam para ver quem vai conseguir levar o ponto da rede enquanto correm de um lado para o outro na areia da praia. E assim como os jogadores pulam para tentar alcançar a vitória, os organizadores da Liga Praiagrandense de Futevôlei tentam ajudar adolescentes e jovens a utilizar o esporte para dar um salto na própria vida.
Fundada mais precisamente em fevereiro de 2013, a primeira, e até o momento única liga de futevôlei da Baixada Santista, começou de maneira tímida, mas rapidamente se tornou referência. O presidente da liga, Felipe da Silva Teles Fanta, 41 anos, já praticava o esporte há 20 anos e o que começou com cinco pessoas, hoje conta com mais de 150 membros.
"A modalidade estava meio abandonada em Praia Grande quando cheguei aqui e conversei com minha esposa sobre meu desejo de reunir um grupo para incentivar a prática. Em menos de um ano, já organizamos o primeiro campeonato", explica.
Originalmente morador de Santos, Felipe explica que sentiu uma diferença grande entre como o futevôlei era tratado na cidade dona do maior porto da América Latina e no município que mais cresce na região.
"Tínhamos apenas um espaço para a rede aqui onde ficava o quiosque 14 e com a ajuda de amigos consegui espaço para mais uma. Também fizemos um pedido para ter uma iluminação especial para poder iluminar as duas redes e fomos atendidos".
Apesar de ser grande fã do esporte e de ter o desejo de possuir um espaço onde pudesse praticá-lo, Felipe diz que a finalidade principal sempre foi poder apresentar o futevôlei para os jovens e diz que muitos se surpreendem ao passar pelo local e serem chamados.
"Sempre quis dar oportunidade pra quem quer aprender e treinar. Às vezes passam alguns meninos e eles perguntam se podem jogar com a gente e eu digo: 'é só tirar o chinelo e vir'. Nessa hora alguns me perguntam preço para treinar com a gente e eu digo que é tudo de graça. Tem garotos que vêm treinar e jogar conosco e os uniformes mal cabem neles, a camisa às vezes é maior que nossos próprios alunos. É uma realização muito grande", explica.
A liga já atraiu a atenção de jogadores famosos do futevôlei nacional e até mundial como Biro, Juninho e Bruno Agondi, mais conhecido como Buiu, e que já se sagrou campeão mundial de futevôlei na França em 2015. Além deles, jogadores de futebol de campo como Dinélson, ex-Corinthians e Caio, atualmente no Fluminense, também já passaram pelas redes da liga praigrandense de futevôlei.
Campeão paulista de futevôlei e atleta dedicado ao esporte há mais de 20 anos, Luiz Carlos Macedo, conhecido como Rato, relembra o tempo em que começou a praticar o futevôlei e destaca a iniciativa feita em Praia Grande que serve para aproximar cada vez mais os jovens do esporte que é cada vez mais praticado pelo Brasil.
"Comecei quando eu tinha 18 anos e foi amor à primeira vista. Pratiquei pela primeira vez depois de ver vídeos do Romário e do Renato Gaúcho jogando no Rio de Janeiro e quando comecei nem havia poste. A gente tinha um kit que fixava a rede na areia usando dois cocos. Era mais difícil e por isso acho fantástico o trabalho que é feito aqui para dar mais acessibilidade ao futevôlei", diz.
E mesmo aqueles que não são atletas profissionais também destacam a aproximação do futevôlei com os atletas amadores mais jovens. Atualmente, a Liga Praiagrandense recebe pessoas interessadas de todas as idades tanto nas categorias masculina quanto feminina e todos podem praticar e treinar no mesmo espaço.
"Eu cheguei aqui no começo de 2017. Comecei a fazer aula e até participei de campeonatos com o pessoal daqui. É uma oportunidade para quem quer exercer o esporte. Desde aprender ou só praticar o futevôlei que nem a gente, que só joga de fim de semana ou durante a noite, mas também serve para quem quer se profissionalizar. Temos até muitas pessoas que chegam de São Paulo, pedem pra jogar uma e depois criam interesse e voltam pra Capital procurando locais onde possam jogar", explica o empresário Leonardo Aguiar.
Apesar de levar o nome de Praia Grande, Felipe explica que a liga não é bairrista e já recebe atletas de todo o Estado. Em certa oportunidade, ele afirma que o espaço onde ficam as redes, localizado no fim da Rua Rui Barbosa, no bairro Canto do Forte, chegou a receber mais de 40 pessoas para jogar.
"Quando isso acontece a gente organiza o pessoal e define um tempo certinho pra todo mundo poder usar os equipamentos e tem sido um sucesso".
Além disso, ele deixa o convite para qualquer pessoa que tiver interesse em treinar, praticar, ou até mesmo apenas assistir que não tenha medo ou vergonha de chegar e conversar.
"Nós temos pessoal jogando aqui diariamente, sempre com duas redes e damos aulas, podem ficar tranquilos que o pessoal sempre ajuda e quem quiser conversar comigo pode botar a pé na areia todas as terças e quintas a partir das 19h que a gente vai te receber muito bem", conclui.
A liga já atraiu a atenção de jogadores famosos do futevôlei nacional e até mundial como Biro, Juninho e Bruno Agondi.
Cotidiano
Operação Verão realiza mais de 100 mil orientações nas praias de Guarujá
Em 17 dias, mortes por afogamento no litoral de SP já igualam todo mês de janeiro de 2023
Estado tem 9 mortes por afogamento neste feriado prolongado de Natal
Santos
Começa nesta semana a execução dos pilares de sustentação do primeiro pavimento
Santos
CET lembra aos motoristas que disponibiliza no aplicativo de mobilidade Waze informações atualizadas sobre desvios e rotas de trânsito