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Cotidiano

Liga de Praia Grande transforma futevôlei em oportunidade

Primeira liga de Futevôlei tenta ajudar adolescentes e jovens a utilizar o esporte para dar um salto na própria vida

LG Rodrigues

Publicado em 31/05/2019 às 09:41

Atualizado em 31/05/2019 às 09:41

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A primeira, e até o momento única liga de futevôlei da Baixada Santista foi fundada mais precisamente em fevereiro de 2013 / LG Rodrigues

Duas duplas disputam para ver quem vai conseguir levar o ponto da rede enquanto correm de um lado para o outro na areia da praia. E assim como os jogadores pulam para tentar alcançar a vitória, os organizadores da Liga Praiagrandense de Futevôlei tentam ajudar adolescentes e jovens a utilizar o esporte para dar um salto na própria vida.

Fundada mais precisamente em fevereiro de 2013, a primeira, e até o momento única liga de futevôlei da Baixada Santista, começou de maneira tímida, mas rapidamente se tornou referência. O presidente da liga, Felipe da Silva Teles Fanta, 41 anos, já praticava o esporte há 20 anos e o que começou com cinco pessoas, hoje conta com mais de 150 membros.

"A modalidade estava meio abandonada em Praia Grande quando cheguei aqui e conversei com minha esposa sobre meu desejo de reunir um grupo para incentivar a prática. Em menos de um ano, já organizamos o primeiro campeonato", explica.

Originalmente morador de Santos, Felipe explica que sentiu uma diferença grande entre como o futevôlei era tratado na cidade dona do maior porto da América Latina e no município que mais cresce na região.

"Tínhamos apenas um espaço para a rede aqui onde ficava o quiosque 14 e com a ajuda de amigos consegui espaço para mais uma. Também fizemos um pedido para ter uma iluminação especial para poder iluminar as duas redes e fomos atendidos".

Apesar de ser grande fã do esporte e de ter o desejo de possuir um espaço onde pudesse praticá-lo, Felipe diz que a finalidade principal sempre foi poder apresentar o futevôlei para os jovens e diz que muitos se surpreendem ao passar pelo local e serem chamados.

"Sempre quis dar oportunidade pra quem quer aprender e treinar. Às vezes passam alguns meninos e eles perguntam se podem jogar com a gente e eu digo: 'é só tirar o chinelo e vir'. Nessa hora alguns me perguntam preço para treinar com a gente e eu digo que é tudo de graça. Tem garotos que vêm treinar e jogar conosco e os uniformes mal cabem neles, a camisa às vezes é maior que nossos próprios alunos. É uma realização muito grande", explica.

A liga já atraiu a atenção de jogadores famosos do futevôlei nacional e até mundial como Biro, Juninho e Bruno Agondi, mais conhecido como Buiu, e que já se sagrou campeão mundial de futevôlei na França em 2015. Além deles, jogadores de futebol de campo como Dinélson, ex-Corinthians e Caio, atualmente no Fluminense, também já passaram pelas redes da liga praigrandense de futevôlei.

Campeão paulista de futevôlei e atleta dedicado ao esporte há mais de 20 anos, Luiz Carlos Macedo, conhecido como Rato, relembra o tempo em que começou a praticar o futevôlei e destaca a iniciativa feita em Praia Grande que serve para aproximar cada vez mais os jovens do esporte que é cada vez mais praticado pelo Brasil.

"Comecei quando eu tinha 18 anos e foi amor à primeira vista. Pratiquei pela primeira vez depois de ver vídeos do Romário e do Renato Gaúcho jogando no Rio de Janeiro e quando comecei nem havia poste. A gente tinha um kit que fixava a rede na areia usando dois cocos. Era mais difícil e por isso acho fantástico o trabalho que é feito aqui para dar mais acessibilidade ao futevôlei", diz.

E mesmo aqueles que não são atletas profissionais também destacam a aproximação do futevôlei com os atletas amadores mais jovens. Atualmente, a Liga Praiagrandense recebe pessoas interessadas de todas as idades tanto nas categorias masculina quanto feminina e todos podem praticar e treinar no mesmo espaço.

"Eu cheguei aqui no começo de 2017. Comecei a fazer aula e até participei de campeonatos com o pessoal daqui. É uma oportunidade para quem quer exercer o esporte. Desde aprender ou só praticar o futevôlei que nem a gente, que só joga de fim de semana ou durante a noite, mas também serve para quem quer se profissionalizar. Temos até muitas pessoas que chegam de São Paulo, pedem pra jogar uma e depois criam interesse e voltam pra Capital procurando locais onde possam jogar", explica o empresário Leonardo Aguiar.

Apesar de levar o nome de Praia Grande, Felipe explica que a liga não é bairrista e já recebe atletas de todo o Estado. Em certa oportunidade, ele afirma que o espaço onde ficam as redes, localizado no fim da Rua Rui Barbosa, no bairro Canto do Forte, chegou a receber mais de 40 pessoas para jogar.

"Quando isso acontece a gente organiza o pessoal e define um tempo certinho pra todo mundo poder usar os equipamentos e tem sido um sucesso".

Além disso, ele deixa o convite para qualquer pessoa que tiver interesse em treinar, praticar, ou até mesmo apenas assistir que não tenha medo ou vergonha de chegar e conversar.

"Nós temos pessoal jogando aqui diariamente, sempre com duas redes e damos aulas, podem ficar tranquilos que o pessoal sempre ajuda e quem quiser conversar comigo pode botar a pé na areia todas as terças e quintas a partir das 19h que a gente vai te receber muito bem", conclui. 

A liga já atraiu a atenção de jogadores famosos do futevôlei nacional e até mundial como Biro, Juninho e Bruno Agondi.

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