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Saúde

Já faltam vacinas contra H1N1 no interior de São Paulo

O anúncio de novas mortes pela doença contribuiu para aumentar as filas nos postos. A expectativa é de que, a partir de hoje, as unidades de saúde sejam reabastecidas

Estadão Conteúdo

Publicado em 02/05/2016 às 08:30

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Idosos, crianças e gestantes foram mandadas de volta para casa sem receber a imunização / Divulgação

A campanha de vacinação contra gripe mal começou no interior - mas o medo da H1N1 fez com que se esgotassem os lotes em várias regiões. Para muitos, a correria de anteontem foi em vão: idosos, crianças e gestantes foram mandadas de volta para casa sem receber a imunização. O anúncio de novas mortes pela doença contribuiu para aumentar as filas nos postos. A expectativa é de que, a partir de hoje, as unidades de saúde sejam reabastecidas.

Em Limeira, as 20 mil doses se esgotaram no início da tarde e ainda faltam 36 mil pessoas para receber a vacina. A campanha só deve ser retomada na quarta-feira. Na manhã de sábado, enquanto as filas se formavam nos postos, a Vigilância Epidemiológica confirmava a primeira morte pelo H1N1 na cidade. A vítima, um homem de 56 anos, tinha problemas cardíacos e estava internado na Santa Casa.

Em Ibaté, na região de São Carlos, a confirmação da primeira morte por H1N1 também causou corrida aos postos e faltou vacina. A moradora de 51 anos estava internada na Santa Casa de São Carlos. Na região, além de Ibaté, as vacinas também foram insuficientes nas cidades de São Carlos, Matão e Conchal.

Em Piracicaba, a prefeitura conseguiu um reforço extra de mil doses, mesmo assim as vacinas acabaram em menos de oito horas. A cidade deve receber mais 32 mil doses ainda hoje (segunda-feira), mas a imunização está suspensa até quarta-feira, tempo necessário para a distribuição do produto. Quem foi aos postos de vacinação de Botucatu após as 12 horas encontrou as portas fechadas. A cidade recebeu apenas um terço da quantia esperada de vacinas.

Em Bauru, as 32 doses acabaram uma hora antes do previsto para vacinação - a cidade pretende imunizar 80 mil pessoas do grupo de risco. Marília também encerrou a vacinação mais cedo: das 53 mil doses necessárias, chegaram 17.900. Houve falta de vacinas também no oeste paulista, na Baixada Santista e no Vale do Ribeira.

A Secretaria de Saúde do Estado informou ter comunicado ao Ministério da Saúde que a quantidade de vacinas enviadas para São Paulo seria insuficiente para atender a toda a demanda. Uma nova remessa foi recebida na tarde de sexta-feira e deve ser repassada aos municípios a partir desta segunda. Segundo a Secretaria, São Paulo recebeu 9,9 milhões de doses, mas o total necessário para imunizar o público-alvo é de 12,7 milhões de doses. O Ministério informou que vai completar o repasse previsto para o Estado de São Paulo no dia 13 de maio.

A campanha de vacinação prossegue até o dia 20. Balanço preliminar divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde no início da noite de sábado indica que 5.470.755 de pessoas foram vacinadas.

A data foi chamada de Dia D, por ter marcado o início da campanha de vacinação no interior do Estado. Na capital e Região Metropolitana de São Paulo, entretanto, a vacinação deste ano foi antecipada - sendo iniciada no último dia 4. 

De acordo com informações da Secretaria da Saúde, foram notificados 1.092 casos e 128 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Estado atribuíveis ao Influenza. Do total, 883 casos e 119 óbitos foram relacionados ao H1N1. Os dados são do último balanço do governo, consolidado em 19 de abril. Ao longo do ano passado, foram 342 casos de SRAG em todo o Estado de São Paulo, com 65 óbitos. 

No município de São Paulo, onde a campanha foi antecipada, 2,1 milhões de pessoas dos grupos prioritários já foram vacinadas - conforme dados consolidados pela Secretaria Municipal da Saúde até as 19h do último dia 27. Dentro do público-alvo da campanha, 82,7% já foram imunizados, superando assim a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde - de 80%.

 

 

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