26 de Abril de 2024 • 06:49
O ARA San Juan estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina / Reprodução
"Não temos nenhum rastro do submarino" assim começou o desalentador comunicado do porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, sobre a embarcação ARA San Juan, que está desaparecida quarta (15). Ele conversou com jornalistas, na manhã desta quarta-feira (22), em Buenos Aires.
O mais recente indício de que poderiam ter localizado a embarcação, a detecção de três sinalizadores de emergência por parte do navio britânico Protector, acabou em frustração. "Não são do submarino", disse Balbi.
Embarcações equipadas com sonares e um avião do Brasil e outro dos Estados Unidos foram enviados para a área, mas não encontraram nada.
Além disso, os sinais captados pela manhã, que poderiam ajudar a definir um novo perímetro para as buscas, foram investigados e imediatamente descartados.
O ponto, a 300 km da costa da cidade de Puerto Madryn, coincidiu com um área indicada pela Marinha dos Estados Unidos, que disse ter localizado com um de seus aviões uma "mancha de calor" a 70 metros de profundidade.
Perguntado sobre os diversos rumores sobre ruídos que estariam sendo ouvidos por embarcações que estão participando da busca, Balbi também descartou pertencerem ao ARA San Juan. "É uma zona muito cheia de barcos pesqueiros, estamos investigando cada um dos ruídos reportados, mas não há indícios de que algum venha dele".
Mesmo assim, Balbi informou que a Marinha direcionou parte de seus esforços para a área à leste da Península Valdes, onde os sinalizadores teriam sido vistos, para rastrear o local.
Balbi acrescentou que, na hipótese de o submarino estar na superfície, não há que se preocupar com a questão de oxigênio. Porém, "se estiver submerso, entramos numa fase crítica, porque já é o sétimo dia, e a autonomia da embarcação em termos de oxigênio passa a ser um problema."
Ele afirmou ainda que as condições climáticas melhoraram nesta quarta (22), e que por isso se intensificarão as buscas ao longo do dia.
O ARA San Juan saiu de Ushuaia, no extremo sul do país, e estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina. A embarcação com 44 tripulantes se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas.
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