26 de Abril de 2024 • 01:03
Ao menos nove pessoas morreram na Costa Rica / Associated Press
Ao menos nove pessoas morreram e vários povoados ficaram inundados durante a passagem do furacão Otto, na quinta-feira (24), pelo sul da Nicarágua e pelo norte da Costa Rica, informaram nesta sexta-feira (25) fontes oficiais.
"Lamentamos a morte de compatriotas e o desaparecimento -esperamos que momentâneo- de outros", afirmou o presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, em coletiva de imprensa.
O presidente explicou que o número de desaparecidos está variando constantemente, de modo que não é possível fazer um balanço exato por enquanto.
Luis Guillermo Fonseca, do Organismo de Investigação Judicial (OIJ), que produz as estatísticas oficiais sobre vítimas, detalhou que duas pessoas morreram em Bagaces, 96 km ao norte de San José, e duas em povoados na fronteira com a Nicarágua.
O povoado de Upala, um dos mais afetados pelo furacão, registrou chuvas intensas que em seis horas superaram a média para o mês de novembro, segundo o Instituto Meteorológico Nacional (IMN).
Juan, um morador de Upala, relatou desesperado que seu filho caçula desapareceu quando a água invadiu sua casa, próxima a um rio, em entrevista ao Canal 6.
Solís disse que o governo está avaliando a situação em muitas outras localidades que sofreram o impacto do furacão, cuja passagem pela região durou quase 16 horas.
Por volta das 3h locais (7h de Brasília), Otto entrou no oceano Pacífico, transformado em tempestade tropical.
Na Nicarágua, há relatos de dezenas de casas danificadas, queda de árvores e destruição da fiação elétrica em várias comunidades à beira do rio San Juan, como San Juan del Norte, El Castillo e San Carlos.
O Executivo nicaraguense anunciou que está fazendo um balanço que seria divulgado nas próximas horas, mas a porta-voz do governo e primeira-dama, Rosario Murillo, já adiantou que não há vítimas fatais.
Otto, que se afastava pelo noroeste da Costa Rica em direção ao Pacífico, registrava ventos máximos sustentados de cerca de 110 km/h, com rajadas mais fortes. Está previsto que a tempestade se debilite lentamente durante as próximas 48 horas, segundo o último boletim do Centro Nacional de furacões dos Estados Unidos.
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