04 de Maio de 2024 • 17:53
Saúde
Índice aponta a capacidade da vacina de evitar casos sintomáticos da Covid-19, tanto leves como graves; dados foram divulgados na tarde desta terça (12)
Na tarde desta terça-feira, o Instituto Butantan divulgou que a vacina CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil / Reprodução
Na tarde desta terça-feira, o Instituto Butantan divulgou que a vacina CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil. Os dados foram divulgados durante uma coletiva de imprensa.
Chamado de eficácia global, o índice aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos – sejam eles leves, moderados ou graves. O número mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.
"Essa vacina tem segurança, tem eficácia, e todos os requisitos que justificam o uso emergencial", disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, durante o anúncio.
O número é inferior ao apresentado na semana passada pelo governo paulista, que foi de 78%. Na ocasião, o levantamento referia-se somente a um recorte do estudo: ao grupo de voluntários que manifestaram casos leves de Covid, mas com necessidade de atendimento médico.
Ricardo Palácios, diretor médico de pesquisa clínica do Butantã, afirmou que a taxa de eficácia menor do que a apresentada inicialmente foi uma “decisão consciente” para que os estudos da fase 3 atingissem de forma mais rápido o número mínimo de casos positivos exigidos: “A vantagem é termos um estudo mais rápido. Estávamos sacrificando eficácia para aumentarmos o número de casos e termos uma resposta mais rápida. Foi uma decisão arriscada, mas precisávamos dessa resposta rápido”.
O dado brasileiro diverge dos de outros países que também estão testando a Coronavac. Na Turquia, análise interina demonstrou eficácia de 91%. Na Indonésia, onde o imunizante teve uso emergencial aprovado ontem, ficou em 65,3%. Nos dois casos, a amostra de casos de covid entre voluntários foi bem inferior à do Butantã: de 30 casos analisados em cada país, ante cerca de 220 no Brasil.
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