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Saúde

Mais Médicos aumenta em 43,6% consultas agendadas na região de Santos

Em menos de um ano, a iniciativa ampliou em 2.187 o número de médicos no estado de São Paulo, beneficiando 7,5 milhões de pessoas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 16/06/2014 às 16:34

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Em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência à população dos municípios próximos ao município de Santos. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em cidades que participam do programa aponta significativo aumento de 43,6% no número de consultas agendadas. Em janeiro de 2014, foram contabilizados 13.836 atendimentos na região, contra 9.635 no mesmo período do ano anterior, quando a população ainda não contava com o reforço dos profissionais do Mais Médicos.

Por meio do Programa, o estado de São Paulo ampliou em 2.187 o número de médicos atuando na atenção básica de 345 municípios. O Ministério da Saúde atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelos municípios e superou a meta inicialmente estabelecida.  Atualmente, o Mais Médicos garante assistência médica nas unidades básicas de saúde para mais de 7,5 milhões de paulistas.

Os impactos do Programa no estado foram apresentados pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta segunda-feira (16), em Santos, durante o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros. O evento reuniu prefeitos e secretários de saúde de 22 municípios próximos a Santos que contam com 195 médicos do Programa. “Esses profissionais garantem atendimento a cerca de 700 mil moradores da região. Pessoas que antes tinham muita dificuldade para ter acesso, ou não tinham acesso, a uma equipe de Saúde da Família com médico, completa, para cuidar bem da sua saúde”, enfatizou Chioro.

Em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência à população dos municípios próximos ao município de Santos (Foto: Divulgação)

Esse é um dos vários seminários que estão sendo realizados pelo governo federal em todo país para debater com gestores públicos os primeiros impactos do Mais Médicos na assistência da população que vive nas cidades beneficiadas pela iniciativa. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em mais de dois mil municípios que contam com pelo menos um médico do Programa serviram de base para a discussão. São dados dos sistemas de acompanhamento da atenção básica (Siab e eSUS), alimentados pelas secretarias de saúde de todo o país.

Mais assitência 

Além de aumentar em 43,6% o número de consultas agendadas, o Mais Médicos também promoveu o aumento de 18% nas consultas de cuidado continuado e de demanda imediata (de 3.887 para 4.613). Observou-se ainda crescimento de 24,4% nos atendimentos de pré-natal, passando de 2.791 para 3.471 e de 99,3% nos atendimentos em saúde mental – passaram de 299 em janeiro de 2013, para 596 em janeiro deste ano. Também cresceram os atendimentos de urgência e a usuários de drogas em 37,7% e 55,8%, respectivamente.

No estado de São Paulo, além do crescimento de 5,7% nos agendamentos de consultas (304.094 para 321.346), observou-se aumento de 15,1% na quantidade de atendimentos em saúde mental (passaram de 16.737 para 19.262, no mesmo período) e de 12,9% no atendimento a pacientes com diabetes (71.116 para 80.305). Também foi registrada redução de 70% na quantidade de encaminhamentos para hospitais, que passou de 1.893 encaminhamentos em janeiro de 2013, para apenas 568 em janeiro deste ano.
          
Em todo o país, o número geral de consultas realizadas na Atenção Básica cresceu quase 35% no mesmo período – foram 5.972.908 em janeiro de 2014 contra 4.428.112 em janeiro de 2013. Entre esses atendimentos, teve destaque o de pessoas com diabetes, que aumentou cerca de 45% - passou de 587.535, em janeiro de 2013, para 849.751 em janeiro de 2014. Os atendimentos de pacientes com hipertensão arterial aumentaram em 5% no mesmo período, e as consultas de pré-natal, em 11%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, passando de 20.170 para 15.969.

Mais Médicos 

O governo federal já superou a meta de levar médicos para os municípios de todo o país que aderiram ao Programa Mais Médicos. Atualmente mais de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades. A maioria (75%) dos médicos está em regiões de grande vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.

Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil. Até 2018, serão criadas 11,4 mil novas vagas de graduação em medicina e mais de 12 mil novas vagas de residência médica. Já foram autorizadas 3.203 novas vagas de graduação em medicina em Universidades públicas e privadas em todo país. Só em São Paulo foram autorizadas 333 novas vagas e 16 municípios paulistas já foram pré-selecionados para criar novas vagas de graduação em medicina. “Neste momento, nós consideramos consolidada a fase de trazer novos médicos. Estamos trabalhando agora os dois outros eixos da estratégia do Mais M&eacut e;dicos: melhorar a infraestrutura, transformando postos de saúde em unidades básicas de muita qualidade, e, ao mesmo tempo, investindo na ampliação do número de vagas em faculdades de Medicina”, informou Arthur Chioro.

Convênio 

Durante o evento, o Ministro da Saúde firmou convênio entre o Ministério da Saúde e o governo de Santos, destinado à aquisição de equipamentos para o Hospital das Clínicas e Maternidade do município. O Termo de Compromisso foi assinado pelo ministro e por representantes da prefeitura e da secretaria de saúde de Santos, e prevê a transferência de até R$ 5 milhões.

Os recursos federais serão investidos na compra de equipamentos para o hospital municipal. “São equipamentos mais caros, de maior porte, que precisarão já estar disponíveis logo na primeira etapa de funcionamento da unidade conhecida como Hospital dos Estivadores”, explicou Chioro. “Esse hospital é fundamental, não só para atender Santos, mas também para assistir toda a Baixada Santista. Ele vai entrar no sistema de atenção hospitalar da região metropolitana com papel muito importante”, finalizou o ministro.

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