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Saúde

Lepra ou hanseníase ainda afeta 30 mil brasileiros por ano

No último domingo de janeiro celebra-se o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase. O objetivo é sensibilizar e conscientizar a população sobre a doença e seus tratamentos

Publicado em 23/01/2014 às 12:18

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O Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase é celebrado anualmente no último domingo de janeiro, desde 1954. O objetivo é sensibilizar e conscientizar a população para a hanseníase, doença que ainda acomete cerca de 30 mil brasileiros por ano.

A hanseníase (também conhecida como Lepra e Mal de Hansen) é uma doença infecciosa, de evolução crônica (lenta), que afeta nervos e pele, provocando danos severos. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento de pacientes, devido às deformidades que causava. Felizmente hoje isso já não existe mais, pois ela pode ser tratada e curada. É o que revela Jaime Rocha, infectologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica.

De acordo com o especialista, a hanseníase é causada pela bactéria Mycobactrrium Leprae. A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germens eliminados pelo portador e que são inalados por outras pessoas, penetrando no organismo através da mucosa do nariz. Outra forma é o contato direto da pele com a ferida de doentes. “É necessário, entretanto, que este contato seja íntimo e prolongado para que haja contaminação, daí a necessidade de examinar sempre os familiares de pacientes com hanseníase. Felizmente, a maioria dos pacientes que têm contato com a bactéria não manifesta a doença, pois são capazes de eliminá-la por meio de suas defesas imunológicas”, explica.

Rocha descreve que o tempo de incubação varia de dois a cinco anos. Um dos primeiros efeitos da lepra, devido ao acometimento dos nervos, é a perda da sensação térmica, definida como a incapacidade de diferenciação entre o quente e o frio no local afetado.

A hanseníase (também conhecida como Lepra e Mal de Hansen) é uma doença infecciosa, de evolução crônica (lenta), que afeta nervos e pele, provocando danos severos (Foto: Divulgação)

O infectologista prescreve que o diagnóstico da doença é clínico e laboratorial. Onde a lepra é endêmica e não se dispõe de recursos laboratoriais, o diagnóstico é feito somente pelos sintomas. Um raspado realizado para identificar o bacilo pode ser feito nos lóbulos das orelhas e dos cotovelos. Também é útil para o diagnóstico a pesquisa direta dos bacilos nas linfas.

Rocha alerta que procurar um médico aos primeiros sinais da doença é fundamental para a indicação do melhor tratamento para cada caso. “A hanseníase tem cura. A terapêutica no Brasil é feita nos Centros Municipais de Saúde (Postos de Saúde) e os medicamentos são fornecidos gratuitamente aos pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento”, afirma.

A lepra é tratada com antibióticos mas, como o tratamento é longo, apenas profissionais especialmente treinados devem prescrever e acompanhar o tratamento. “A hanseníase pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. Para alguns pacientes, o uso de próteses torna-se necessário, assim como intervenções ortopédicas e calçados especiais”, diz o médico.

O infectologista lembra que uma das formas de prevenção da hanseníase consiste no diagnóstico e tratamento precoces, para que os pacientes não transmitam a doença. “Indivíduos que convivem com pacientes contaminados devem ter uma proteção mais específica e receber a vacina contra tuberculose (BCG). Ambientes lotados, condições ruins de higiene e desnutrição também favorecem a disseminação do bacilo”, finaliza.
Sobre o Lavoisier

O Lavoisier nasceu há 60 anos em São Paulo e atualmente tem mais de 60 unidades de atendimento na Grande São Paulo e no interior do Estado. Considerado referência em medicina diagnóstica, processa exames clínicos e de imagem com qualidade, confiança, credibilidade, conveniência e tecnologia de ponta. A marca oferece ainda medicina diagnóstica com qualidade a preços acessíveis para quem não tem plano de saúde.

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