05 de Maio de 2024 • 02:37
Saúde
Nessa época do ano as pessoas costumeiramente exageram na quantidade de comida e de bebida, de festas com som alto e nas noites mal dormidas e tudo isso pode prejudicar os ouvidos
Nada como as confraternizações de fim de ano, o espírito natalino e os planos para o novo ano para agitar as pessoas. Em geral, tudo isso é muito gostoso e ha quem pense que deveria durar o ano todo. Entretanto, essa época em que as pessoas ‘extravasam’ mais do que de costume, pode trazer prejuízos ao ouvido e aumentar o risco de zumbido. “O zumbido é sinal de que algo de errado está acontecendo no organismo, como se fosse um desajuste. Os excessos alimentares, típicos das festas natalinas e Réveillon, aumentam a ingestão de doces, gorduras e álcool, podem afetar o ouvido interno e por isso que as consultas por piora de zumbido, perda de audição e tontura aumentam logo no início de janeiro”, explica Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ.
Além disso, o som alto dos fogos de artifício e das festas, shows, baladas e ensaios das Escolas de Samba podem causar o chamado “trauma acústico”. A dica, segundo a especialista, para evitar isso é usar os protetores e fazer um intervalo de hora em hora, afastando-se do barulho por 5 a 10 minutos. “Esse cuidado é útil para minimizar o risco de lesão do ouvido, pois a lesão pode ser irreversível”, complementaDra. Tanit Ganz Sanchez.
Os números do zumbido no ouvido:
O zumbido no ouvido ocorre com pessoas de todas as idades, inclusive crianças e adolescentes, podendo comprometer o sono, a concentração na leitura, o equilíbrio emocional e até a vida social e familiar. Um levantamento da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ com o apoio do Instituto Ganz Sanchez, indica que no Brasil ha de 34 a 48 milhões de pessoas com zumbido no ouvido, tratando-se de um aumento expressivo em relação aos 28 milhões estimados há quase 20 anos.
O aumento de pessoas acometidas ao longo dos últimos anos (de 15% para 24%), em especial os jovens (31% de crianças e 50% de adolescentes), e a falta de informação adequada sobre diagnóstico e tratamento precoce têm preocupado vários profissionais, justificando a criação de campanhas informativas. Aliado a isso, outro entrave para o avanço nessa área, é um estigma que cerca o zumbido sobre a falta de cura.
Dicas para evitar o zumbido nas festas e comemorações:
Use protetores auriculares e evite ficar exposto a sons altos durante muito tempo;
Evite o consumo excessivo de álcool e cigarro;
Adote alimentação mais saudável: pouco sal, açúcar e frituras, mais frutas, verduras, legumes e grelhados;
Alimente-se de 4 a 6 vezes por dia em pequenas porções;
Continue com as atividades físicas, pelos menos, três vezes por semana;
Jamais interrompa o uso de medicamentos para hipertensão ou qualquer outra doença sem que o médico tenha conhecimento;
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