04 de Maio de 2024 • 10:28
No verão aumentam as preocupações com a desidratação. A maioria dos médicos recomenda a ingestão de 1 a 2 litros de água por dia, indiferentemente da estação do ano. Uma dica para saber a quantidade mínima de água que você precisa consumir diariamente, basta se pesar no começo do dia e após duas horas de trabalho. A diferença representa o quanto de líquido foi gasto durante as atividades. Se você perdeu 40 gramas, terá que repor 40 ml de água. Isso quer dizer que cada grama corresponde a 1 mililitro. Para se ter uma ideia, um copo representa, em média, 200 ml. É o que revela Mauro Scharf, diretor médico e endocrinologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica.
O médico explica que a quantidade de líquido pode variar também se o indivíduo tiver uma alimentação balanceada. “Algumas frutas possuem alto teor de água, como a melancia, por exemplo. Se você come uma fatia, que é composta por 90% de água, a quantidade a ser consumida em líquido diminui”, revela.
Outra dica são as bebidas esportivas, que são compostas por água, eletrólitos e carboidratos, que ajudam a repor o líquido perdido durante atividades físicas. “Essa bebidas servem para evitar a desidratação e preservar o bom funcionamento metabólico”, define.
Mas Scharf lembra que os isotônicos devem ser ingeridos na quantidade certa. Para os exercícios com duração superior a 1 hora, indica-se o consumo de 150 ml a 300 ml de uma bebida esportiva com concentração de 4% a 8% de carboidrato a cada 20 minutos. “O consumo desnecessário pode trazer problemas como a ingestão de quantidade excessiva de sódio e, por conter uma pequena quantidade de carboidratos, pode estimular o ganho de peso”, destaca.
Principalmente em dias de calor, o endocrinologista indica também evitar esforços físicos excessivos e manter hábitos de higiene. “É importante fazer uso de roupas leves e evitar tanto a exposição ao sol em dias quentes quanto a prática de exercícios debaixo do sol forte. E lembrar de lavar sempre as mãos antes de cada refeição, bem como os alimentos, que devem ser preparados corretamente”, conclui.
Scharf explica que a desidratação se caracteriza pela perda excessiva de água, sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, que podem impedir que o organismo realize suas funções normais. Ela ocorre se a água eliminada pelo organismo não for reposta. “Isso acontece quando a ingestão de líquidos é insuficiente e pode trazer sérias consequências à saúde”, diz.
A desidratação pode ser classificada de acordo com a gravidade, podendo ser leve, moderada ou grave. “No caso de leve ou moderada, a desidratação pode causar sede exagerada, olheiras, boca e pele secas, dor de cabeça, sonolência e tonturas, além da diminuição da sudorese. No caso mais grave, esses sintomas se intensificam, podendo surgir outros como queda da pressão arterial, convulsões, falência dos órgãos, podendo levar até à morte”, revela.
O diagnóstico pode ser feito através de avaliações clínicas e exames. “Geralmente a desidratação é diagnosticada por meio das avaliações médicas, mas, caso necessário, são realizados exames de sangue, fezes e urina”, conta. A desidratação pode ocorrer em todas as idades, desde recém-nascidos até idosos. “Nos primeiros seis meses de vida de uma criança, o ideal para o tratamento é o leite materno. Após essa idade, no caso de desidratação leve ou moderada, indica-se a ingestão de água filtrada em intervalos curtos. Já no caso de desidratação grave, a reidratação deve ser feita com o soro oral”, explica.
Scharf ressalta que, além desses cuidados, o local onde a pessoa fica nesse período também é fator importante para a recuperação. “Para evitar a perda desnecessária de suor, é importante que a pessoa esteja em um local com temperatura ambiente”, afirma.
Para a reidratação é recomendada a ingestão de água diariamente, porém, a quantidade do líquido varia de pessoa para pessoa, dependendo das necessidades do organismo de cada um. “Cada pessoa deve beber a quantidade adequada para seu tipo físico e para atender as suas necessidades diárias, pois existem fatores como estrutura corpórea, metabolismo e até o clima, que devem ser considerados”, alerta.
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