04 de Maio de 2024 • 13:29
Paulo Pimentel, PP, o mais antigo sindicalista da Baixada Santista, presidente do Sintrasaúde e diretor da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) / Matheus Tagé/DL
A Reforma da Previdência Social, uma das bandeiras do Governo Temer, consumiu nos últimos seis meses mais de R$ 100 milhões dos cofres do Governo só em campanha publicitária em rádio, revista, jornal, televisão e meios de comunicação via internet no Brasil e Exterior.
Os dados estão disponíveis no portal da Lei de Acesso à Informação do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle e foram levantados pelo o Portal UOL, causando indignação em sindicalistas e em parlamentares da oposição que são contra a reforma.
A reforma da Previdência, que ainda tramita no Congresso Nacional, se encontra na Câmara para ser votada em plenário, e vai impor uma idade mínima aos segurados do INSS e modificar a estrutura previdenciária do País.
O Governo Temer diz que ela é essencial para diminuir parte do rombo nas contas públicas e resiste em fazer alterações que amenizem o impacto desta reforma para os segurados do INSS.
Esse gasto publicitário é criticado pelos sindicalistas Paulo Pimentel, PP, o mais antigo sindicalista da Baixada Santista, presidente do Sintrasaúde e diretor da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e por Warley Martins, presidente da Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap) e líder sindical dos aposentados e pensionistas do Brasil.
Paulo Pimentel, PP, foi enfático em seu comentário: “Se o Governo diz que precisa economizar e por isso está fazendo essas reformas, então como explicar esse gasto excessivo com essa campanha. Com todo esse gasto, dá para entender porque o INSS está com suas contas no vermelho como diz o Governo”, informa Pimentel.
E conclui: “se a reforma previdenciária é tão boa para o País como diz o Governo, não é preciso gastar essa fortuna só para dizer isso. O povo não é bobo e não vai cair nessa campanha ¬enganosa”.
Gastar esse dinheiro em campanha falsa é ultrajante, diz Cobap
Na visão do presidente da COBAP, Warley Martins Gonçalles, é vergonhoso e ultrajante o Governo Federal ter gasto somente em 2017 um total de R$ 100 milhões em propaganda enganosa para tentar convencer a sociedade que a reforma da Previdência é necessária e precisa ser aprovada com ¬urgência.
Os gastos são 10 vezes maiores que o previsto. O dinheiro investido entre janeiro e junho de 2017 com a publicidade sobre a reforma é o equivalente a 55% de todo o orçamento para campanhas publicitárias do governo neste ano. O orçamento previsto pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República era de R$ 180 milhões. É também maior que os gastos do governo com programas sociais como os que preveem a defesa dos direitos das mulheres.
Inicialmente, a campanha estava prevista para custar R$ 13 milhões. Dados atualizados mostram, contudo, que apenas entre janeiro e junho de 2017, foram gastos R$ 100,06 milhões. Os meios que mais receberam recursos foram: TV (R$ 57,4 milhões), rádio (R$ 19,3 milhões), mídia exterior (R$ 10,7 milhões), internet (R$ 4,9 milhões), jornal (R$ 4,5 milhões) e revista (R$ 3,08 milhões).
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