05 de Maio de 2024 • 06:14
Proteger a pele do sol já se transformou em hábito para muitos. Porém, o cuidado com os olhos ainda fica a desejar. Há pessoas que, para não ficarem com a marca dos óculos escuros no rosto, deixam de lado o acessório, que tem muito mais importância para a saúde ocular do que se pode imaginar.
Devido ao ângulo de inclinação da Terra, há um aumento na incidência dos raios ultravioleta durante o verão. Estudos apontam que os moradores de países próximos da linha do Equador, como o Brasil - região com maiores níveis de radiação solar -, desenvolvem mais problemas, como a catarata e a vista cansada, ambos favorecidos pelo exagero do sol sem proteção ocular.
O professor doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo, Marcello Colombo Barboza, alerta que a catarata, opacidade do cristalino – a lente natural do olho – pode ser acelerada com o excesso de raios ultra-violeta sobre os olhos. O tratamento da catarata se dá por meio de cirurgia.
“Pessoas com intensa exposição ao sol sem proteção têm 60% mais chance de ter catarata mais cedo, já que os raios ultravioleta em excesso aceleram o envelhecimento do cristalino”. O alerta vale para quem está na praia e na piscina, mas também para os que trabalham e praticam esporte ao ar livre.
Danos comuns
Os danos mais comuns em curtos períodos de exposição são coceira, lacrimejamento, aversão à luz e inchaço nas pálpebras, sintomas que desaparecem em um ou dois dias de afastamento da luz solar.
A exposição crônica ao sol pode causar também pinguécula e pterígeo, que são elevações amareladas da conjuntiva, sendo que o segundo apresenta uma invasão sobre a córnea. Ambos, no entanto, são tratáveis e podem ser retirados. “Embora raras, lesões da conjuntiva relacionadas à exposição aos raios UV podem evoluir para tumores malignos, assim como ocorre com os melanomas na pele”, destaca o especialista.
A melhor forma de proteger os olhos é o uso dos óculos de sol combinado ao boné ou chapéu. Os óculos devem ser de qualidade e contar com lentes com proteção contra os raios ultravioleta (UVA e UVB). Elas são necessárias para filtrar os raios que a córnea (lente ocular com a função de focar as imagens na retina) não é capaz de absorver e filtrar. A capacidade de proteção deve ser informada através de adesivo afixado aos óculos ou em livreto com informações técnicas sobre o produto.
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