05 de Maio de 2024 • 04:54
Férias, malas prontas e pé na estrada. Este ritual de final de ano, sinônimo de prazer para muitas pessoas, pode ser um tormento para quem sofre de cinetose. Conhecida também como o "mal do movimento", a cinetose é uma disfunção do sistema vestibular (conjunto de órgãos do ouvido e cérebro responsável pela manutenção do equilíbrio), que se manifesta quando o corpo está parado e o entorno está em movimento ou o inverso, como em viagens de carro, ônibus, barco ou avião. O conflito de informações entre o labirinto, que sente o movimento, e a visão, que acredita que o corpo está inerte, causa náuseas, vômitos, sudorese, palidez e desconforto físico.
Para amenizar o mal-estar durante as viagens, o otorrinolaringologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Eduardo Bogaz, explica abaixo como reconhecer os sintomas, qual é o tratamento indicado para a disfunção do sistema vestibular e as medidas paliativas adotadas por quem sofre de cinetose. Confira!
Sintomas
Os sintomas da cinetose aparecem ainda na primeira década de vida. Além do mal-estar sentido durante as viagens, é comum a criança ter vertigem paroxística da infância (crise rápida de vertigem que acomete crianças saudáveis) e enxaqueca, como distúrbios associados. "Se não tratada, a disfunção do sistema vestibular pode acompanhar a pessoa por toda a vida", explica.
Tratamento
Embora haja uma alta incidência de casos, a cinetose é, raramente, tratada. "A reabilitação vestibular é feita por meio do treinamento com realidade virtual e conta com o acompanhamento de um fonoaudiólogo. Porém, infelizmente, ainda são poucos os pacientes que recebem o diagnóstico e procuram pelo tratamento. O mais comum é, ao longo da vida, a pessoa se acostumar com a condição e se adaptar", revela.
Medidas paliativas
Entre as medidas paliativas adotadas por quem sofre de cinetose, estão a ingestão de medicamento antiemético (para prevenir a tontura e a náusea), antes da viagem, sob prescrição médica, evitar olhar objetos ou situações em movimento, como a paisagem na estrada, e ventilar o local, abrindo as janelas do carro, por exemplo. "Essas ações auxiliam a prevenir a crise, mas não tratam o problema. O labirinto de quem tem este tipo de disfunção do sistema vestibular é mais sensível e, dependendo dos hábitos de vida e condições de saúde da pessoa, pode vir a desenvolver alguma labirintopatia no futuro, como a labirintite", alerta.
São Vicente
Imunização de crianças e adolescentes contra o HPV está baixa no estado de SP
Tarcísio veta projeto de ampliação na prevenção do vírus HPV dentro de escolas estaduais
Ministério Público investiga médica por alegações falsas sobre vacina de HPV
Guarujá
Pré-requisitos são imprescindíveis e os documentos indispensáveis
Santos
Foi a segunda melhor temporada da história, com aumento de mais de 13% em relação a 2022/2023