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Saúde

Hospital de campanha do Anhembi opera com 871 leitos ativos e 407 ocupados; entenda o caso

O espaço tem capacidade para até 1.800 leitos, mas os outros não estão em funcionamento por falta de demanda, segundo a prefeitura

Da Reportagem

Publicado em 05/06/2020 às 11:05

Atualizado em 05/06/2020 às 11:54

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Deputados e assessores em frente ao hospital de campanha do Anhembi, na zona norte / Reprodução

O hospital de campanha do Anhembi, na zona norte de São Paulo, tem 407 pacientes para 871 leitos ativos nesta sexta-feira (5). O espaço tem capacidade para até 1.800 leitos, mas os outros não estão em funcionamento  por falta de demanda, segundo a prefeitura. “A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que o HMCamp/Anhembi dispõe de um total de 1.800 leitos. Atualmente, a unidade dispõe de 871 leitos ativos e, se necessário, ativará novos leitos para atendimento da população”, informou gestão municipal, em nota, após contato da Gazeta.

Nesta quinta-feira, um grupo de deputados e assessores foi ao Anhembi mostrar o que considera mau uso do dinheiro público. De acordo com vídeos que circulam pelas redes sociais, há um início de confusão entre os parlamentares e seguranças do Anhembi no início e, depois, os deputados, já dentro da instituição de saúde, mostram alas do hospital vazias e dizem que os investimentos no local representariam desperdício de investimentos.

Estiveram no hospital os deputados estaduais Coronel Telhada (PP), Letícia Aguiar (PSL), Adriana Borgo (Pros), Marcio Nakashima (PDT) e Sargento Neri (Avante).

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde disse que os deputados e assessores “invadiram” o hospital de campanha do Anhembi “de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente”. A secretaria municipal também afirmou que, como parte desse grupo estava sem EPIs (equipamentos de proteção individual) inicialmente, colocaria em risco os pacientes em tratamento na unidade.

Sobre as alas vazias mostradas pelos parlamentares, a pasta informou que eram setores ainda não estão ativados. “Além da invasão e das atitudes violentas, os parlamentares filmaram as alas do HMCamp do Anhembi que ainda não foram ativadas, mas que estão prontas para serem colocadas em funcionamento caso seja necessário. E também gravaram pacientes sem autorização prévia, muitos dos quais estavam sendo higienizados em seus leitos”.

Segundo Coronel Telhada, não houve invasão dos parlamentares e é obrigação dos deputados fiscalizar os gastos públicos. Ele também chamou a nota da prefeitura de “mentirosa”. "Nós não invadimos. Teve um empurra-empurra no começo, mas quando nos entramos nos já estávamos acompanhados pelo pessoal do Iabas [Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde], devidamente autorizados. É nossa obrigação como deputado fiscalizar como está sendo gasto o dinheiro público”, afirmou, por uma rede social.

O parlamentar também negou que tenha havido agressões. "Nós não agredimos ninguém. Nós conversamos com todo mundo, conversamos com alguns pacientes, e todos foram unânimes em dizer que estavam sendo bem atendidos. Desejamos um pronto restabelecimento para todos. Agora, é lógico, nós estamos incomodando e mostrando o que ninguém queria mostrar. Nem a imprensa mostrou. Gozado, né?”.

PACAEMBU.

Já o hospital de campanha do Pacaembu, na zona oeste, tem 200 leitos ao total e 110 internados, o que representa uma ocupação de 55%. O do Anhembi e o do Pacaembu são os principais centros de atendimento criados exclusivamente para combater a pandemia do novo coronavírus na Capital. Há, ainda, os hospitais de campanha do Ibirapuera e de Heliópolis, ambos na zona sul. As informações são da Secretaria Municipal da Saúde.

Até a última terça-feira (1º) os hospitais de campanha do Pacaembu e do Anhembi deram alta a 3.678 pacientes, segundos dados da pasta. Houve 25 mortes no Anhembi e três no Pacaembu. De acordo com informações da prefeitura do início da construção, houve investimento público de R$ 35 milhões em ambas as instituições de saúde (Bruno Hoffmann).

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