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Saúde

Ações contra a dengue acontecem em Itanhaém

Em 2019 município registrou um total de 592 casos confirmados da doença.

Nayara Martins

Publicado em 20/01/2020 às 07:01

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Ação da equipe municipal vai reforçar combate à dengue, em especial, nos bairros onde foram registrados casos da doença. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Reforçar as ações de combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em especial, nos bairros onde foram registrados casos confirmados da doença. A afirmação é da coordenadora do Controle de Endemias, Marinês Cristina Adão, setor ligado a Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde de Itanhaém.

Em 2019, a cidade registrou 592 casos confirmados de dengue e 350 casos suspeitos. Este ano, até o momento, são dois casos suspeitos - um descartado e outro aguarda o resultado de exame. Já os de zika e chikungunya, no ano passado, foram quatro casos suspeitos cada, mas nenhum foi confirmado. Neste ano ainda não houve casos.

Atualmente, conforme a coordenadora, as equipes dos agentes de endemias estão fazendo a Avaliação de Densidade Larvária (ADL), uma medição feita em nível estadual, três vezes ao ano, em municípios considerados endêmicos. O objetivo é fazer um levantamento para verificar a situação das áreas com mais problemas no município.

"No final do ano, fizemos várias ações em locais onde tiveram maiores índices de larvas do mosquito. A partir do resultado do ADL, que sai até o final do mês, vamos começar os mutirões nos bairros mais afetados, no início de fevereiro", explica.

Até o final do ano de 2019, os bairros mais atingidos com focos do mosquito foram Centro, Suarão, Belas Artes, e Savoy. "Esses bairros continuam com os mesmos problemas, ou seja, a população não está colaborando com as medidas de prevenção", frisa Marinês.

Segundo a coordenadora, cerca de 80% das casas, onde são encontrados os focos, são de munícipes da Cidade. "As pessoas ainda não têm consciência que depende mais delas do que do setor público. Se cada um cuidasse do seu quintal, esse índice diminuiria".

São realizados ainda os bloqueios, em casos de residências com suspeitos ou confirmados de dengue, chikungunya e febre amarela, e os mutirões nos bairros mais afetados. Além da nebulização, em situação de confirmação da dengue e suspeitas de febre amarela, chikungunya e zika.

Nas casas de veraneio, que ficam fechadas durante o ano, Marinês explica que os agentes não podem entrar sem a permissão do proprietário. "Mas houver problema, tentamos achar o responsável para tomar as providências. Também são colocados peixes nas piscinas, sem invadir o local".

Já os depósitos de reciclagem no município, Marinês explica que as equipes fazem as visitas aos depósitos a cada 15 dias, o ano todo, para monitorar a situação de cada um. Esse tipo de comércio que compra materiais recicláveis são os locais que apresentam maior risco de focos.

BALANÇO

O médico da rede municipal e vereador, Alder Ferreira Valadão, faz uma análise sobre a situação da dengue no município. Ele já foi secretário municipal de Saúde no ano de 2015. Segundo ele, em 2015, o município chegou a registrar 5.400 casos de dengue, sendo um dos municípios com mais casos no Estado.

"Realizamos diversas ações de combate aos focos da dengue, com uma equipe multidisciplinar e, no período de um ano, o índice diminuiu para apenas um caso". Foi criado um laboratório na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para agilizar o resultado dos exames, a Casa da Dengue e um comitê gestor da doença, além de envolver alunos e fazer palestras nas escolas do município.

"A secretaria de Saúde tem realizado várias ações de reforço no município. Mas acredito que o mosquito da dengue ainda vai continuar por um período de uns 30 anos", concluiu.

ONDE PROCURAR

Pessoas com suspeitas da doença devem procurar a Unidade de Saúde ou UPA. Para denúncias sobre terrenos baldios com lixo ou mato alto, pode ligar no setor de Controle de Endemias, no telefone 13 3422. 1944.

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