05 de Maio de 2024 • 09:23
Uma nova travessia entre o Centro de Santos e Vicente de Carvalho, em Guarujá, foi descartada pela DERSA por não haver área disponível para construção de atracadouros / Matheus Tagé/DL
Se você ainda não se acostumou com as famigeradas filas das balsas entre Santos e Guarujá, relaxe e conforme-se. Elas vão continuar ainda por um bom tempo. Após a indicação realizada pelos vereadores Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB-Santos) e Edilson Dias (PT-Guarujá) solicitando um novo atracadouro entre a Praça da República (margem de Santos) e Vicente de Carvalho (margem de Guarujá), o diretor de Operações da Desenvolvimento Rodoviário S/A – DERSA, Nilson Rogério Baroni, garantiu a Banha que não há áreas disponíveis naquela região.
Baroni lembrou ao vereador santista que a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), detentora das áreas do Porto Organizado, além de ressaltar a falta de existência de área, revelou que a travessia naquela região traria consideráveis impactos à circulação viária, especialmente em Santos, onde o tráfego está com altos níveis de saturação.
Foi lembrado ainda que, em janeiro do ano passado, o juiz da 1º Vara Cível de Guarujá determinou à DERSA que operasse a travessia com nove embarcações simultâneas. A DERSA, na ocasião, afirmou que não seria possível atender esta solicitação por questões de normas de segurança de navegação, uma vez que só existem oito atracadouros nas margens do canal, e a norma obriga a atracação de todas as balsas quando da passagem de navios cruzando o curso da travessia.
O diretor presidente da DERSA, Laurence Casagrande Lourenço, também citava no ofício que a travessia da Ponta da Praia/Santos ao Guarujá está saturada em razão da crescente demanda ocorrida nos últimos anos e que tende a aumentar, e ainda colocou a travessia seca como solução para fazer frente à esperada evolução da demanda.
Banha, no entanto, entende que “a decisão deve ser discutida seriamente pelos deputados estaduais e federais da região juntamente com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e com apoio do governo federal. O que não pode é a população ficar esperando o Estado ter dinheiro para fazer a ligação seca, pagando caro e tendo um péssimo serviço”.
Em entrevista na região, em 31 de janeiro, o governador disse que a obra é “cara” e que precisa primeiro terminar outras obras já em andamento na Baixada. “É um projeto importantíssimo que vai aliviar de 70% a 80% do transporte das balsas. No túnel poderão passar todos os tipos de veículos, até o VLT. É uma obra cara. Não adianta começarmos tudo e não terminarmos. Precisamos também terminar o VLT e a hora que tivermos financiamento nós vamos fazer o túnel, mas ainda não tem. É preciso ter segurança financeira para executá-la num momento de crise”, explicou.
Até impeachment já serviu de desculpa
Ano passado, em visita à região pouco antes da saída da presidente Dilma Rousseff, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que aguardava a política econômica do ‘novo governo’ (Michel Temer) para pleitear mais recursos. O valor do empreendimento é de R$ 3,2 bilhões. Já foram investidos R$ 40,5 milhões no projeto executivo. “A ligação seca é o ideal e será feita. Nós estamos aguardando a mudança do governo para verificar qual vai ser a política econômica do novo governo, após completado o processo de afastamento do Senado. Porque nós precisamos de financiamento da obra. Vamos aguardar. Temos aí uma boa expectativa”, afirmava Alckmin, em mais uma promessa, durante a entrega da Estação Bernardino de Campos e de dois trens do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Em março de 2010, o então governador José Serra (PSDB) chegou a inaugurar a maquete de uma ponte.
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