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Política

Surgimento dos nomes de Dirceu e Palocci na Lava Jato não surpreende a oposição

Em depoimento à Justiça Federal, o doleiro acusou os dois de serem "as ligações" do lobista e operador de propina na Petrobras, Júlio Gerin Camargo, com o PT

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 12/02/2015 às 20:31

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O suposto envolvimento dos ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci no esquema de corrupção na Petrobras não surpreendeu os oposicionistas no Congresso Nacional. Para os parlamentares, os petistas são os mesmos envolvidos dos últimos escândalos que abalaram o País.

Em depoimento à Justiça Federal no processo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef acusou Dirceu e Palocci de serem "as ligações" do lobista e operador de propina na Petrobras, Júlio Gerin Camargo, com o PT. "São os velhos personagens de sempre", resumiu o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

"Palocci já veio de outros escândalos, inclusive o que o derrubou do Ministério da Fazenda. Ele é um personagem sumido, mas que sempre esteve encabeçando as posições de destaque do PT" concordou o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE). O líder se referia ao escândalo da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, em 2006, quando Palocci deixou o governo Lula.

Os oposicionistas avaliam que os depoimentos da delação premiada estão desvendando um "emaranhado de corrupção" envolvendo o governo e o PT. "O fundo do poço está mais fundo que o pré-sal", comentou Aloysio. O senador acredita que o depoimento será mais um componente a ser aprofundado pela nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara, que será instalada após o carnaval.

(Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo)

Como a coleta de assinaturas entre os senadores para a criação de uma comissão mista ainda não atingiu os 27 apoiamentos (o PSB não assinou o requerimento à espera da denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot), a oposição aposta todas as suas fichas nas investigações dos deputados.

Vice-líder da bancada do PT, o deputado Paulo Teixeira (SP) adotou um tom de cautela e disse que é preciso aguardar todas as provas "virem à tona" para fazer um juízo dos depoimentos. Na opinião do petista, as delações fazem parte de uma estratégia de defesa dos réus. "Nesse processo de delação premiada em que o réu quer buscar sua liberdade, ele vai ter uma tese. Precisamos aguardar a conclusão desde processo e todas as provas colhidas", afirmou.

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