25 de Abril de 2024 • 21:43
Com protestos do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Santos (Sindiserv), Flávio Saraiva, que estava nas galerias da Câmara, os vereadores aprovaram na sessão de ontem o projeto do Executivo que cria o Programa de Parcerias Público Privadas (PPPs) de Santos.
A principal preocupação do sindicalista é que o projeto vá permitir a precarização do atendimento do Hospital dos Estivadores, unidade que está sendo reformada pela Prefeitura. “Só tem garantia para as empresas”, disse, em voz alta, Saraiva.
A matéria das PPPs foi aprovada em segunda discussão, por 15 votos favoráveis e dois contrários (dos petistas Adilson Júnior e Evaldo Stanislau), e ainda retornará ao plenário porque o vereador José Teixeira Filho, o Zequinha Teixeira (PRP), apresentou dez emendas. Só depois, a matéria irá para sanção do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
A bancada governista achou estanho o fato de os petistas terem votado contra a criação das PPPs porque, no Governo Federal, o presidente que instituiu esse tipo de relacionamento entre os poderes público e privado foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Segundo argumentou Evaldo Stanislau, “há obrigações próprias do homem público”. Já Adilson Júnior classificou o projeto como “a porta de entrada da terceirização”. O líder do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), José Lascane (PSDB), destacou que, diferentemente do modelo criado pelo Governo Federal, há um artigo restritivo nas PPPs santistas, a fim de evitar a perda de controle do Poder Público. “Se não é feito pelo signo da estrela (referência ao PT), tem sempre o ‘mas’, o ‘entretanto’”.
O vice-líder do prefeito, vereador Marcus De Rosis (PMDB), lembrou que as PPPs são modelo de sucesso na América e na Europa, antes de serem implantadas no Brasil.
Para Murilo Barletta (PR), Adilson Júnior buscou confundir a opinião pública ao tratar “concessão de serviço como PPP”. Em uma fala anterior, o petista tinha lembrado dos problemas que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) enfrentou nos pátios, quando esses equipamentos (Governo João Paulo Tavares Papa, então no PMDB) estavam a cargo da empresa Martha’s. Na ocasião, muitas peças e carros acabaram sumindo dos pátios.
Fundurb
Outra matéria aprovada ontem, também em segunda discussão, foi a que cria o Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) de Santos. Embora tenha votado favoravelmente, Evaldo Stanislau criticou a autorização do repasse de dinheiro desse órgão ao Parque Tecnológico.
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