01 de Maio de 2024 • 18:18
Erika Hilton é vereadora pelo PSOL em São Paulo / Reprodução
A vereadora Erika Hilton registrou um boletim de ocorrência nesta quarta-feira após receber ameaças de morte de uma mulher por e-mail. A mensagem dizia que a parlamentar da Câmara Municipal de São Paulo seria “degolada” e teria sua casa incendiada.
O texto ofendia Erika, a primeira mulher trans a se tornar vereadora na Capital, com termos como “satanás do inferno” e “traveco”. Em certa parte, a mulher que faz as ameaças diz que a parlamentar “nunca deveria nem ter sido parido de sua mãe”.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial da Polícia Civil, na capital paulista. “Estou me sentindo extremamente agredida, ofendida, ameaçada e com medo”, relatou a parlamentar no boletim de ocorrência.
O gabinete de Erika Hilton na Câmara Municipal de São Paulo pediu reforço na segurança. Pelas redes sociais, Erika disse que as ameaças não vão a intimidar.
Caso não é inédito
Esta não é a primeira vez que a vereadora do PSOL é ameaçada de morte. Em maio do ano passado, a vereadora foi alvo de comentários transfóbicos no Twitter após uma reportagem feita pelo Fantástico, da TV Globo, sobre preconceito e violência política contra vereadoras trans eleitas em 2020 ter sido exibida.
“A única coisa que eu vou pagar é uma bala de 38 na testa desse traveco”, afirmou um homem, após a vereadora falar em processar os autores dos ataques.
Em abril do ano passado o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a quebra de sigilo de 49 perfis que atacaram a parlamentar do PSOL nas redes sociais.
As postagens selecionadas trazem xingamentos e ofensas como “ser desprezível”, “raça imunda”, “vagabunda”, “jumenta”, “traveco” e “cabelo desse serve pra tirar ferrugem de ferro”, entre tantos outros comentários racistas e transfóbicos.
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