26 de Abril de 2024 • 20:03
Política
Bolsonaro afirmou que, apesar de ser uma "medida amarga", a Previdência é de interesse de todos, e citou os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O presidente Jair Bolsonaro (PSL). / Reprodução/Facebook
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta sexta-feira (8) acreditar que o governo conseguirá aprovar a reforma da Previdência ainda no primeiro semestre deste ano.
"Acredito que [será aprovada neste semestre] sim. Não pode levar um ano para aprovar uma reforma", afirmou o presidente durante evento de entrega de credenciais para embaixadores no Palácio do Planalto.
"Nós aqui vamos fazer de tudo para que ela não seja desidratada, mas respeitamos a autonomia do Parlamento se alguma mudança for feita", disse.
Bolsonaro afirmou que, apesar de ser uma "medida amarga", a Previdência é de interesse de todos, e citou os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
"Sabemos que alguns aspectos são uma medida amarga, mas é uma resposta que temos de dar, de uma política sem muita responsabilidade que foi feita ao longo dos últimos anos, e tem de dar um freio de arrumação agora", disse.
"Até os militares vão entrar com a sua cota de sacrifício nessa reforma."
Bolsonaro foi deputado federal por 28 anos e votou contra mudanças em aposentadorias e pensões.
Questionado sobre se o governo tem base necessária para aprovar a reforma no Congresso, o presidente disse que sua equipe está "apelando para o espírito patriótico" dos parlamentares.
"Nós estamos fazendo política de uma forma diferente. Da forma que vinha sendo feita não podia dar certo. Nós estamos buscando os parlamentares, apelando para o espírito patriótico deles. O Brasil é um país que, se continuar sem reformas, a tendência nossa é chegar à beira do caos e nós não queremos isso", disse.
Recentemente, Maia disse que o governo ainda não tinha no curto prazo os votos necessários para aprovar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara.
O presidente não detalhou quais serão as mudanças feitas para militares na reforma. O governo não incluiu a categoria na PEC encaminhada ao Congresso em fevereiro.
A ideia é que eles entrem em um segundo texto, que pode ser um projeto de lei ordinária, e deve ser enviado ao Legislativo até o fim de março.
Capitão reformado do Exército, Bolsonaro escalou oito militares para o primeiro escalão de seu governo, além de ter um general da reserva, o general Hamilton Mourão, como vice.
A equipe econômica, em contato com representantes das Forças Armadas, estuda um texto para elevar o tempo de trabalho de 30 anos para 35 anos para militares e passar a taxar pensões das viúvas.
O presidente não soube dizer quando o projeto será enviado ao Congresso, mas ressaltou que, por se tratar de lei ordinária -que exige um quorum menor para sua aprovação-, tem tramitação mais célere.
"A nossa reforma [dos militares] não depende de PEC, então é muito fácil. Pode chegar lá uma semana na Câmara, uma semana no Senado e está solucionada a questão", disse.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro voltou a defender a reforma nas redes sociais. No Twitter, ele compartilhou um vídeo do deputado federal Vinicius Poit (Novo-SP) em defesa das mudanças nas aposentadorias e pensões.
"Em esclarecedores 4 minutos: possivelmente os 5 maiores equívocos contados sobre a Previdência", escreveu o presidente ao publicar o vídeo do parlamentar.
O deputado federal Vinicius Poit, 33, desponta como um dos maiores defensores da reforma nas redes sociais.
Desde o envio da PEC à Câmara, o congressista de primeiro mandato vem martelando o assunto diariamente em todos os seus canais digitais, sem economizar nos termos "a mamata vai acabar", "corte na carne" e "fim de privilégios".
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