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Política

Janones critica proposta de Bolsonaro aos combustíveis

Em entrevista à Rádio Trianon e à Gazeta, pré-candidato disse que vai votar a favor, mas que vê falhas no projeto

Bruno Hoffmann

Publicado em 07/06/2022 às 15:52

Atualizado em 07/06/2022 às 15:58

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André Janones, durante entrevista à Rádio Trianon e à Gazeta / Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Quarto colocado nas pesquisas eleitorais para a presidência da República, o deputado federal André Janone (Avante-MG) disse nesta terça-feira que vai votar a favor da proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) para zerar o ICMS com a intenção de baixar o preço dos combustíveis. Porém, segundo ele, a proposta é eleitoreira e não se sustenta a longo prazo.

“Se vai reduzir um centavo no preço do combustível, sou a favor, ponto final. Mas esse é um projeto com o único objetivo de viabilizar eleitoralmente o presidente. Não é uma medida que se sustenta no longo prazo. A gente vai ter uma redução imediata, mas daqui a três, quatro ou cinco meses o preço do combustível vai estar maior do que está hoje”, analisou.

Assista à entrevista completa:

 
Eleições 2022 - Entrevista com pré-candidato à Presidência André Janones

Pré-candidato à Presidência da República, deputado federal André Janones (Avante-MG). Com Pedro Nastri II - Rádio Trianon e Rádio Universal de Santos. Bruno Hoffmann - Gazeta SP e Diário do Litoral

Posted by Pedro Nastri II on Tuesday, June 7, 2022

A declaração foi dada ao programa Metrópole em Foco, da Rádio Trianon, comandada pelo jornalista Pedro Nastri. A entrevista contou com a participação do repórter Bruno Hoffmann, da Gazeta.

O parlamentar mineiro, que não gosta de se definir como de direita ou de esquerda, também se disse contra a privatização da Petrobras, mas que poderia ser a favor em outros casos. “Privatização deve ser exceção, não regra”, explicou.

Entre as medidas que pretende executar caso chegue ao cargo mais importante do País estão taxar grandes fortunas, adotar uma renda mínima maior que o Auxílio Brasil atual e rever os subsídios aos grandes milionários. 

De acordo com o deputado, o Brasil perde muito tempo com temas menores, em vez de enfrentar os verdadeiros problemas nacionais. “Enquanto discutimos escola sem partido, ideologia de gênero, filme do Danilo Gentili, os banqueiros vão ficando cada vez mais e mais ricos a custa dos mais pobres”.

Segundo ele, a exploração do sistema bancário à população é um dos grandes problemas nacionais. Ele di exemplicou dizendo que se uma pessoa tiver uma dívida hoje de R$ 100 com um banco, em cinco anos esse valor será superior a R$ 13 milhões. Por outro lado, se alguém puser R$ 100 na poupança hoje, em cinco anos terá apenas R$ 150 na conta. “Isso precisa mudar”, disse.

Denúncia

No ano passado, um ex-assessor do parlamentar o denunciou na Procuradoria-Geral da República (PGR) pela prática de rachadinha, ou seja, de exigir que funcionários devolvam parte do salário. Na entrevista, Janones chamou a acusação de “falácia”.

“Nunca fui intimidado de absolutamente nada, então nem tive a oportunidade de me defender. Quando isso ocorrer, e espero que ocorra, abrirei mão de cara dos meus sigilos fiscal, bancário e telefônico. Eu não devo absolutamente nada”.

Ele também explicou uma emenda parlamentar de R$ 1,4 milhão para show de artistas sertanejos notórios, como Gusttavo Lima, em sua cidade natal, Ituitaba, no interior mineiro.

Segundo ele, 90% das suas emendas parlamentares são voltadas para a saúde e educação, mas reserva um valor menor para apresentações culturais.

“Eu tenho absoluta convicção que as pessoas mais simples têm direito de ter acesso à cultura e ao lazer exatamente como a elite do nosso País”, se defendeu.

Por outro lado, ele afirmou que deve haver erros em outras prefeituras em relação ao tema.

“Por que a minha emenda de $ 1,4 milhão pagou 10 shows de grandes artistas, incluindo Gusttavo Lima, Zezé di Camargo e Luciano e João Bosco e Vinicius, e com R$ 1,2 milhão a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro pagou só o Gusttavo Lima? Alguma coisa está errada. É óbvio que tem superfaturamento, que alguém está ganhando dinheiro nisso”.

Com quase 8 milhões de seguidores no Facebook, André Janones se autoproclama um populista, “assim como Bolsonaro”, por saber se comunicar de forma eficaz diretamente com povo. Mas fez uma ressalva:

“Mas tenho uma grande diferença com Bolsonaro: sou um apaixonado pela democracia”.

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