11 de Outubro de 2024 • 14:38
Nesta terça-feira (11), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os novos relatos feitos pelo publicitário Marcos Valério à Procuradoria Geral da República (PGR) são mentira. Lula foi cercado por jornalistas na saída do Fórum do Progresso Social, co-organizado por seu instituto, e quebrou o silêncio que perdurou ao longo de todo o dia, quando evitou falar à imprensa.
No início da tarde, na saída do hotel Meurice, onde está hospedado em Paris, o ex-presidente, com expressão séria, fez sinal de que não responderia questões, entrou em um carro e partiu acompanhado pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Duas horas mais tarde, Lula foi protegido por um cordão de seguranças durante o fórum e não respondeu sobre o assunto. Sua primeira manifestação aconteceu final do evento.
Entre os fatos relatados por Valério à Procuradoria Geral, está o de que Lula teria dado seu "ok" ao mensalão. "Meu nome não é Lula. Se teve esse negócio, eu não estava nessa reunião. Tem de perguntar para o Lula um negócio desses", alegou Okamoto. Sobre a denúncia de que o esquema também teria pagado contas pessoais da família do ex-presidente, o assessor afirmou: "Que contas pessoais? Tem de perguntar para o Lula".
O assessor colocou em dúvida a credibilidade das declarações de Valério à Justiça. "Pelo que eu entendi, ele esclareceu toda a imprensa brasileira, discutiu com a Justiça, deu os nomes à Justiça. Suponho que tudo o que ele tinha para falar ele já falou", argumentou. "E até algumas coisas que ele falou a Justiça não levou em consideração, como os empréstimos que ele tinha recebido."
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