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Polícia

Empresária é indiciada por maus-tratos contra cães em Mongaguá

Um dos animais foi encontrado morto e os outros cães se alimentavam da carcaça

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 04/09/2020 às 16:42

Atualizado em 04/09/2020 às 18:09

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Os animais foram resgatados na noite desta quinta-feira (3) / Divulgação/Polícia Civil

Uma microempresária do setor de transportes, de 29 anos, foi indiciada por maus-tratos contra cães em Mongaguá após a Polícia Civil realizar uma diligência na casa dela, na quinta-feira (3) à noite, e constatar o crime ambiental: um cão já estava morto e outros cães chegaram a se alimentar da carcaça recentemente.

No total, quatro cachorros, que estavam com aparente subnutrição, sem alimentação e higiene adequadas, foram resgatados por policiais da Delegacia Sede de Mongaguá, que deflagraram a ação após uma denúncia da Organização Não Governamental (ONG) Patinhas Felizes.

A casa fica na Avenida 9 de Julho, no Jardim Praia Grande. A denúncia, inclusive com imagens, já apontava que um dos cães havia morrido e os demais estavam se alimentando dele.

Integrantes da ONG agiram juntamente com os policiais, que abordaram a moradora e tiveram a entrada franqueada por volta das 20 horas.

“Dentro do imóvel prontamente observamos alguns cães com aparência de subnutridos, em ambiente sujo e em suas vasilhas não foram encontrados alimentos”, informam os investigadores Ismael Vieira e Anderson Alves, que agiram sob o comando do investigador-chefe, Alexandre dos Santos, e do delegado titular, Luiz Carlos Vieira.

“Na edícula no fundo da residência, no banheiro, foi encontrado o animal morto dentro de um saco plástico com forte odor de decomposição”, relatam os policiais civis.

A microempresária afirma que a morte do cão ocorreu entre a madrugada e a manhã de quinta e que ela decidiu colocar o corpo no saco até encontrar uma maneira de destino oportuno, mas a versão é vista com reservas pelos policiais pelo estado de decomposição mais avançado.

A acusada ainda afirmou “que cuida bem dos animais” e que começou a aceitá-los por doação a partir do mês de março, já bem debilitados, e que “nesses meses tem gastado muito dinheiro com remédios e ração para poder deixá-los saudáveis”.

Estiveram na casa ainda a Vigilância Sanitária, Polícia Científica e uma equipe da Zoonoses, que fez a remoção e devidos atendimentos aos animais.

Pena

Praticar maus-tratos contra animais é crime ambiental pelo artigo 32 da Lei 9.605 e a pena de detenção é de três meses a um ano e multa. A pena é aumentado de um sexto a um terço se ocorre morte do animal.

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