Centro Veterinário arrecada agasalhos para Pets

Pelo segundo ano consecutivo, ação visa beneficiar cães e gatos abrigados em centros de zoonoses, além de animais que vivem nas ruas

22 MAI 2015 • POR • 12h09

Um pequeno gesto pode ajudar salvar a vida de animais abandonados nos dias mais frios do ano. Pensando em despertar o espírito solidário dos moradores da região, o Vitale - Centro Médico Veterinário 24 Horas realiza pelo segundo ano consecutivo arrecadação de agasalho pet. A iniciativa visa arrecadar roupas, caminhas e cobertores para cães e gatos sem donos.

"Como fomos todos surpreendidos com noites mais frias mais cedo este ano, iremos realizar uma doação no início de junho e outra em julho", explica a médica veterinária Antonella Chiaratti, diretora clínica do Vitale. "Para isso, contamos com a solidariedade das pessoas, a fim de que nos ajudem, doando aquele casaquinho, toalha, capinha de chuva, casinhas, cobertores que o pet não usa mais".

Antonella lembra que, nesta época do ano, quando os dias e, principalmente, as noites são mais frios, um agasalho pode prevenir perda de temperatura corpórea e assim diminuir riscos desses animais desenvolverem doenças respiratórias diversas, que podem evoluir para pneumonia e até mesmo óbito, em poucos dias.

Segundo a veterinária, este ano, a ação da campanha vai além da doação dos agasalhos para os animais abrigados nos centros de Controle de Zoonoses da região. "Nossa meta é encontrar moradores de rua que, com seu imenso coração, cuidam de animais, para doação do que conseguirmos. A colaboração da população para identificar os locais onde podemos encontrar esse público é de fundamental importância".

No ano passado, a 1ª Campanha de Doação de Agasalho Pet arrecadou cerca de 300 peças, entre roupas, cobertores, coleiras e toalhas, além de tapetes, potes de comida e outros acessórios. Parte das doações recebidas foi entregue no Controle de Zoonoses de Santos e outra parte, no Centro de Zoonoses de Guarujá.
Cuidados

Conforme a veterinária do Vitale, a partir de maio, devem ser reforçados os cuidados com os animais, a fim de não os expor a baixas temperaturas. "Essa época do ano não costuma ser de temperaturas mais amenas. Os animais também são susceptíveis a alterações de temperatura, assim como nós. Além disso, animais com sintomas respiratórios já estão frequentando as clínicas veterinárias, precocemente".

Dessa forma, antes de sair de casa com seu pet, é preciso ficar atento à temperatura. "Durante os passeios em períodos mais frios, como à noitinha e de madrugada, sugerimos as roupas mais quentes e protegidas, de soft ou forradas de flanela, para evitar doenças nos animais", explica Antonella.

"As roupas podem ser inclusive confeccionadas em casa, como habitualmente os proprietários fazem, sob medida e com muito carinho para seus pets", orienta a veterinária. "Animais de pelos curtos precisam de mais atenção para evitar a friagem que animais de pelos longos, que contam com uma proteção um pouco maior".

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Para animais muito magrinhos, sem cobertura de massa muscular ou gordurinhas, o frio é mais intenso. "Nesses casos, sugerimos também o uso de roupas, independentemente do tipo de pelagem", afirma Antonella. "Animais idosos costumam também ter mais frio que os mais jovens e ativos".

Já para aqueles animais que não gostam de roupas, forrar o chão onde dormem é uma sugestão que pode ser viável, além de os deixar dormir dentro de casa, fora do quintal, principalmente em dias chuvosos.

De acordo com a veterinária, já é possível perceber aumento da incidência de animais com doenças respiratórias prévias na clínica. "Nesta época, o uso de umidificadores de ar nos ambientes onde os animais permanecem pode evitar crises de bronquite, asma, ressecamento de vias aéreas e tosse".

Antonella ainda destaca o que deve ser evitado: "Uso de incensos, desodorantes em spray, dedetizadores de tomada ou de spray, cigarros e obra em casa. Tudo isso ajuda demais a prevenir crises respiratórias".

Sintomas

De acordo com Antonella, os sintomas mais comuns apresentados por esses animais são tosse, espirros, febre, desidratação grave, falta de apetite, coriza e dificuldade para respirar, no caso de doenças respiratórias.

"A pneumonia é grave e pode levar a óbito em poucos dias. Outras doenças demonstram piora dos sintomas no inverno, como a tosse dos canis, alergias, asma, até doenças articulares podem causar mais dores nesse período. Toda e qualquer doença precisa de tratamento. A precocidade diagnóstica e terapêutica determina maiores sucessos na cura", alerta Antonella.

Colaboração

Nesta segunda edição da campanha, a veterinária espera, a exemplo do ano passado, poder ajudar animais de abrigo e de rua, os quais nem sempre contam com a proteção de locais fechados ou conseguem se proteger da chuva. "Nossa ação visa tentar amenizar o frio e doenças respiratórias neles", afirma Antonella.


"Contamos com o carinho e colaboração de proprietários solidários que colaboraram no ano passado. A campanha arrecadou muito mais do que esperávamos e nosso desejo é dobrar a arrecadação esse ano", ressalta a veterinária. "Com a doação de roupas, cobertores e caminhas, a ideia é que as condições de abrigo de cães e gatos melhorem e, dessa forma, contribuam para prevenir as doenças típicas dessa época do ano".

Quem quiser participar da campanha pode doar também roupas confeccionadas em casa, com meias - basta cortar a extremidade fechada para que ela se transforme em uma peça que irá aquecer cães e gatos de pequeno porte -, peças de moletom e cobertores. O objetivo é fazer com que os animais possam ficar mais quentinhos e passar o inverno sem pegar qualquer tipo de doença. É preciso que as peças estejam limpas, prontas para uso.

As peças podem ser entregues em dois pontos de Santos:   Vitale - Centro Médico Veterinário 24 Horas (Avenida dos Bancários, 6, Ponta da Praia) e  DrogaVet (Rua Alagoas, 7, Gonzaga). Informações pelo telefone 3041-3490.