Dois inquéritos apuram a morte de cantor de funk em Guarujá

Polícia Militar afirma que o rapaz trocou tiros com os policiais ao resistir a uma abordagem; três testemunhas, porém, dizem que o jovem "implorou para não ser morto"

22 JAN 2015 • POR • 18h29

As polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte do cantor de funk Vitor Mesquita, o MC Vitinho, de, de 22 anos, que ocorreu na madrugada da última quarta-feira (21), no Jardim Primavera, em Guarujá.

Os policiais militares que balearam o MC sustentam que ele estava com uma pistola e efetuou três disparos ao resistir a uma abordagem e tentar escapar, motivando troca de tiros e perseguição. Ainda segundo os PMs, o rapaz se escondeu em uma casa e não atendeu à ordem de largar a arma. O MC foi atingido por dois tiros no tórax.

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Já três testemunhas ouvidas pela Polícia Civil dizem que  ouviram o rapaz gritar pedindo socorro e implorando para não ser morto.

Nas músicas que cantava, MC Vitinho fazia apologia à violência contra policiais.

Em uma postagem no próprio perfil do cantor no Facebook, no último dia 16, ele afirmou que sentia satisfação por ouvir pessoas cantarem suas músicas, e citou um trecho com uma possível apologia de ataque a policiais.

Pai do MC, o estivador Robson Teixeira Mesquita diz que o filho voltava para casa sem qualquer tipo de arma quando foi surpreendido pelos policiais militares. “Ele jamais faria uma coisa dessas”, relatou.

O corpo do rapaz foi sepultado na manhã de hoje (22) no Cemitério de Vicente de Carvalho.