Rodoviário quer mais segurança

Categoria quer o apoio da sociedade na luta por mais segurança nas estradas; proposta consta em carta

26 NOV 2013 • POR • 10h51

Convocar a sociedade brasileira a se empenhar na eliminação das jornadas desumanas no transporte de cargas, em nome da segurança de todos nas estradas e da prevenção de acidentes de trânsito. Essa foi uma das resoluções do 1° Congresso Regional do Trabalho Seguro no Transporte Rodoviário, ocorrido na semana passada, nos dias 21 e 22, em Campinas (SP).

Organizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP-15ª região), o evento aprovou a chamada ‘carta de Campinas’, com várias propostas.

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Essa carta requer a aplicação da Lei 12.619/2012 e será entregue, nesta semana, à presidente Dilma Rousseff (PT). Será também lida em plenário do Congresso Nacional pelo senador Paulo Paim (PT-RS).

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo, Valdir de Souza Pestana, também organizador do congresso, estará em Brasília, nesta semana.

Ele reclama que Dilma já vetou trechos importantes da lei, como os pontos de parada, nas estradas, para descanso dos caminhoneiros, e espera que ela reconsidere esses atos.

“A presidenta perdeu a oportunidade de, nos leilões das rodovias federais, obrigar os empresários, nos contratos de concessão, a construírem esses pontos”, pondera Pestana.

Também presidente do Sindicato dos Rodoviários de Santos e região, ele acha que Dilma tem cedido a pressões do agronegócio e do empresário de transporte Nélio Botelho.

Presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro, Botelho, segundo Pestana, estaria convencendo setores da CUT (Central Única dos Trabalhadores) a lutar contra a lei.

A Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo, por outro lado, segundo o sindicalista, apoia a lei e também organizou o congresso de Campinas.