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São Paulo vive aumento de casos de dengue; vacina chega ao SUS em fevereiro

Capital paulista tem aumento de registro da doença; prefeitura aguarda governo federal para começar a vacinar parte da população em fevereiro

Bruno Hoffmann

Publicado em 12/01/2024 às 16:12

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O mosquito Aedes aegypti, causador da dengue e de outras doenças / Divulgação/Governo do Estado

A cidade de São Paulo registrou 13.509 casos de dengue confirmados em 2023, o que representa um aumento de cerca de 14% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são da Secretaria Municipal da Saúde.

Já no estado de São Paulo, de janeiro a 23 de dezembro de 2023, foram registrados 318.996 casos de dengue, uma queda de 3,6% em relação a 2022. Houve 286 mortes no ano todo.

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A Secretaria de Estado da Saúde informou que já registrou 803 casos de dengue em 2024 em território paulista, sem nenhuma morte por enquanto.

Vila Jaguara (zona oeste), Vila Guilherme e Vila Maria (esses dois últimos na zona norte) são os distritos da Capital considerados epidêmicos para a doença. É tachado como epidemia quando há mais de 300 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.

A cidade de São Paulo de forma total apresenta 112,5 casos para cada 100 mil habitantes, o que significa um nível médio de incidência.

No Brasil, os casos de dengue aumentaram cerca de 16% em 2023 em relação ao ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. As ocorrências passaram de 1,3 milhão em 2022 para 1,6 milhão. Houve 1.094 mortes confirmadas no ano passado, um recorde.

Para tentar conter a enfermidade, o Ministério da Saúde vai começar a oferecer a vacina contra a dengue em todo o País pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro, batizada como Qdenga. Porém, a previsão é que o laboratório não tenha capacidade para produzir uma alta quantidade do insumo, e deverá ser destinada apenas a grupos prioritários.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Qdenga é recomendada para as pessoas de 4 a 60 anos. São duas doses, com intervalo de três meses, administrada via cutânea. Mesmo quem já teve dengue em tese vai poder se imunizar.

Ainda não há informações na Capital de calendário de vacinação e grupos prioritários. Segundo nota da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde, a gestão municipal aguarda orientações federais sobre o tema.

“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), aguarda as diretrizes, documentos técnicos e envio de doses por parte do Ministério da Saúde (MS), para iniciar a vacinação contra a dengue na capital”, informou a pasta, em nota enviada à Gazeta nesta sexta-feira.

A gestão municipal também afirmou que “investe fortemente no combate à dengue e outras arboviroses na cidade”. Segundo a secretaria, em 2023 foram realizadas na capital paulista 5,3 milhões de ações de prevenção ao Aedes aegypti, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis e pontos estratégicos, ações de bloqueios de criadouros e nebulizações e orientações à população.

A pasta também destacou que houve investimento na infraestrutura para combater a doença, como ampliação da frota de veículos para transporte dos agentes de controle de endemias, aquisição de 30 novos equipamentos de nebulização veicular e chamamento de concurso público para contratação de 703 servidores para a Rede Municipal de Vigilância em Saúde, entre uma série de outras ações.

A Secretaria de Estado da Saúde também informou que aguarda as instruções do Ministério da Saúde para iniciar a vacinação. A pasta afirmou ainda realizar "permanentes ações de combate ao mosquito transmissor da dengue", dando apoio aos municípios, "que são os responsáveis pelo trabalho de campo para a prevenção à doença". 

O que é a dengue

A dengue é uma doença febril transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Os sintomas são falta de apetite, febre acima de 38ºC, dor no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e de cabeça, mal-estar e manchas vermelhas no corpo.

Os sinais de alerta para a gravidade são queda importante na pressão, sonolência, alteração no nível de consciência, hipotermia, dor abdominal intensa, vômitos e sangramento.

Na maioria dos casos a doença é curada com hidratação após 10 dias da infecção, mas pode evoluir para quadros graves e levar à morte. Ainda não existe tratamento específico para a dengue.

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