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Dados da SSP

Registros de estupro voltam a bater recorde sob governo Tarcísio

De janeiro a julho, foram 8.150 ocorrências, maior quantidade desde 2001, início da série histórica

LUCAS LACERDA - Folhapress

Publicado em 27/08/2023 às 08:27

Atualizado em 27/08/2023 às 08:38

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Na capital, o acumulado chegou à segunda maior marca, com 1.713 casos, atrás apenas de 2012, que teve uma soma de 1.721 / Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os registros do crime de estupro no estado de São Paulo voltaram a bater recorde no acumulado dos sete primeiros meses da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). De janeiro a julho, foram 8.150 ocorrências, maior quantidade desde 2001, início da série histórica. Na capital, o acumulado chegou à segunda maior marca, com 1.713 casos, atrás apenas de 2012, que teve uma soma de 1.721.

Já as vítimas de homicídios caíram tanto na capital quanto no estado. Foram 1.558 mortes, uma queda de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Na capital, foram 291 óbitos, numa redução de 3,6% em relação às mortes entre janeiro e julho de 2022.

Os roubos também apresentaram queda na capital (3%) e no estado (3,3%). Os furtos, por sua vez, aumentaram. Foram 7,5% registros a mais na capital, chegando a 143,9 mil, e 2,9% a mais no estado, com 333 mil casos.

Os dados foram divulgados na tarde desta sexta-feira (25) pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo. Segundo o órgão, o número de fuzis apreendidos no estado dobrou em relação ao ano passado, passando de 51 entre janeiro e julho de 2022 para 108 no mesmo período deste ano.

Ainda segundo a pasta, os casos registrados de homicídio na capital caíram ao menor nível desde 2001 no acumulado dos sete primeiros meses de cada ano. Foram 270 ocorrências em 2023. No primeiro ano da série histórica, as ocorrências chegaram a 3.126, com 3.270 vítimas.

Das ocorrências de estupro registradas neste ano, 206 foram na capital, 204 na Grande São Paulo (204) e 651 nas diversas regiões do estado.

Segundo a delegada Jamila Jorge Ferrari, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) no estado, as opções para denunciar os crimes incluem, além das especializadas, a delegacias online e as delegacias de bairro. Ainda, ela diz que a gestão Tarcísio estuda a ampliação do funcionamento 24h de DDMs. Das 140 unidades, 11 funcionam ininterruptamente, e sete delas estão na capital.

"Não adianta abrir DDM 24h e não conseguir, por déficit de recursos humanos, prestar um serviço falho. A gestão está repondo nossos quadros para conseguir atingir uma meta plausível."
Ferrari ainda aponta para o alto grau de subnotificação dos crimes de estupro e afirma que os registros podem indicar mais confiança de mulheres, crianças e de pessoas próximas para fazer as denúncias.

Análise do Instituto Sou da Paz também cita a redução de homicídios dolosos nas comparações entre julho de 2019, antes da pandemia de Covid-19, e 2023. "É perceptível uma redução significativa nos crimes de homicídios dolosos e roubos no estado", afirma a organização, em nota, que aponta para a alta de registros de estupros no período, de 24,8% na comparação entre julho deste ano e o mesmo mês em 2019. No acumulado, o crescimento é de 19,6%.

Litoral de SP tem alta de roubos e furtos no 1º semestre

Cidades do litoral paulista, de norte a sul, registraram aumento de roubos e furtos nos primeiros seis meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O número de homicídios no primeiro semestre em Caraguatatuba, Cubatão, Itanhaém, Mongaguá também supera o do mesmo intervalo em 2022.

Nas duas últimas cidades, as vítimas superaram a soma de janeiro a julho.

Embora os dados da SSP sejam do primeiro semestre, cidades da Baixada Santista e também do litoral norte viram a tensão aumentar após o assassinato de um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), da Polícia Militar, no fim de julho, seguida por ao menos 22 mortes na Operação Escudo, deflagrada em resposta.

Além disso, quatro dessas cidades - Ubatuba, Cubatão, Itanhaém, Caraguatatuba - têm taxas de homicídios por 100 mil habitantes superiores à média do estado, de 6,44, que é a menor do Brasil, segundo edição mais recente do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Ubatuba, por exemplo, tem uma taxa de 13,63 homicídios por 100 mil habitantes, mais que o dobro da estadual. Os dados das cidades são da SSP, relativos a 2022.

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