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Governo de São Paulo reavalia e volta às aulas podem ser adiadas novamente

A afirmação foi feita pelo coordenador-executivo do centro de contingência, João Gabbardo, em entrevista coletiva nesta quinta

Gazeta de S. Paulo

Publicado em 16/07/2020 às 16:10

Atualizado em 16/07/2020 às 16:37

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As aulas presenciais na rede municipal e estadual estão suspensas desde março por conta da pandemia / Moacyr Lopes Júnior/Folhapress

O centro de contingência contra o coronavírus do governo de São Paulo vai reavaliar a volta às aulas programada para o início de setembro. A afirmação foi feita pelo coordenador-executivo do grupo, o médico João Gabbardo, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

O médico havia sido questionado sobre uma projeção que estima até 17 mil mortes entre crianças com a retomada das aulas presenciais no Brasil.

“Em função dessas novas informações, a gente pediu para que o centro de contingência, que tem discutido isso com o secretário da Educação, faça uma reavaliação daquilo que já foi definido”, disse Gabbardo.

De acordo com anúncio do governador João Doria (PSDB), o retorno será feito de forma conjunta para todas as cidades paulistas, considerando que, em 8 de setembro, os municípios estejam na fase amarela de flexibilização da economia há pelo menos 28 dias.

A medida dividiu opiniões de pais, alunos, professores e funcionários. Além disso, o retorno às salas de aula é vista como uma operação complexa pela quantidade de gente envolvida. Da creche ao ensino superior, há 13 milhões de estudantes no Estado, ou 32% da população paulista.

Entidades educacionais, sindicatos e lideranças políticas do estado de São Paulo se posicionaram contra a volta das aulas em 8 de setembro. De acordo com o deputado estadual Carlos Giannazi (Psol), o anúncio do governador João Doria foi "inconsequente e irresponsável", já que diversas regiões do Estado vivem um momento de aumento de casos da doença.

"O plano de retorno transforma nossos alunos e profissionais da educação em cobaias", disse o deputado, que chamou a medida de "genocídio de professores e servidores". Gianazzi também disse que as entidades que representam os profissionais não foram consultadas, apenas as patronais e educacionais.

Além disso, 42 entidades educacionais do Estado assinaram um documento coletivo contra o retorno das aulas. "Hoje não existem as menores condições para esse retorno e não há perspectivas de melhora nos próximos meses", diz Professora Bebel, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e deputada estadual pelo PT.

"Escolas são locais de alto contágio. Foram as primeiras a parar e devem ser as últimas a voltar, somente no momento em que houver uma drástica redução da pandemia", afirmou Bebel.

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