05 de Maio de 2024 • 08:59
Mundo
O anúncio foi feito após a ONU impor novas sanções a Pyongyang, em uma retaliação ao sexto e mais potente teste nuclear realizado pelo regime norte-coreano
A Coreia do Norte prometeu acelerar os seus programas militares / Reprodução
Em novo desafio à comunidade internacional, a Coreia do Norte prometeu nesta quarta-feira (13) acelerar os seus programas militares. O anúncio foi feito após a ONU impor novas sanções a Pyongyang, em uma retaliação ao sexto e mais potente teste nuclear realizado pelo regime norte-coreano.
De acordo com o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte, as sanções são "maléficas", constituindo uma violação de seu direito legítimo de autodefesa e que têm como objetivo "sufocar completamente o seu Estado e sua população através de um bloqueio econômico de escala total".
"A adoção de uma nova resolução de sanções impulsionada pelos Estados Unidos constitui uma oportunidade para que a Coreia do Norte comprove que o caminho que escolheu é absolutamente correto", disse o ministério em uma nota divulgada pela agência de notícias norte-coreana KCNA, que se refere ao avanço armamentista do país nos últimos meses.
Na segunda-feira (11), a ONU aprovou resolução que proíbe as exportações do setor têxtil pela Coreia do Norte e a venda de gás natural para o país, além de limitar as importações norte-coreanas de petróleo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que as sanções são apenas um pequeno passo em direção ao que é necessário para lidar com os programas nuclear e de míssil norte-coreanos.
Pyongyang, entretanto, alega que a medida se trata de uma ameaça de invasão norte-americana.
"A Coreia do Norte redobrará os esforços para aumentar a sua força e proteger a soberania e o direito à existência do país", afirmou no comunicado.
Ceticismo
Especialistas expressaram ceticismo em relação à eficácia das sanções, alegando que as medidas não impedem o avanço dos programas nuclear e balístico de Pyongyang.
Depois de testar dois mísseis intercontinentais em julho, a Coreia do Norte realizou em 3 de setembro o sexto teste nuclear, o mais importante até o momento. Segundo Pyongyang, trata-se de uma bomba de hidrogênio capaz de ser transportada por uma ogiva de míssil.
Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou as ameaças aos Estados Unidos. O país alega ter a capacidade de produzir mísseis nucleares e de atingir parte do território norte-americano.
Nesta terça (12), a Coreia do Norte já havia reagido à resolução da ONU e disse que os Estados Unidos enfrentarão em breve "a maior dor" que já sentiram.
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