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Portuguesa leva multa, mas escapa de rebaixamento para a Série C

Também denunciado pela procuradoria-geral do tribunal, o presidente do clube, Ilídio Lico, foi suspenso por 240 dias e multado em R$ 100 mil

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/05/2014 às 21:04

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Culpada, mas com ressalvas. Em julgamento que durou mais de quatro horas nesta quarta-feira, a Portuguesa foi condenada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter abandonado o campo na primeira partida da Série B do Campeonato Brasileiro deste ano. Mas os auditores da 5.ª Comissão Disciplinar optaram por aplicar uma pena mais branda, multando o clube paulista em R$ 50 mil e considerando o Joinville vencedor da partida por 3 a 0 (WO). Assim, a equipe está salva do rebaixamento sumário à Série C.

Também denunciado pela procuradoria-geral do tribunal, o presidente do clube, Ilídio Lico, foi suspenso por 240 dias e multado em R$ 100 mil. Seu filho, o conselheiro Marcos Rogério Lico, levou o mesmo período de suspensão e multa de R$ 80 mil. Já o técnico Argel Fucks foi suspenso por quatro partidas. Tanto procuradoria quanto defesa devem recorrer da decisão e levar o caso ao Pleno.

Em seu voto, o relator do processo, o auditor José Nascimento, desclassificou a Portuguesa dos dois artigos que previam como pena o rebaixamento, mas enquadrou o clube naquele que considerava a perda de pontos por abandono de partida. Todos os demais auditores acompanharam o voto na íntegra.

A Portuguesa foi condenada pelo STJD por ter abandonado o campo na primeira partida da Série B (Foto: Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo)

Defesa

O primeiro a depor foi o presidente Ilídio Lico. Durante 40 minutos, ele respondeu a questionamentos dos auditores e admitiu por mais de uma vez que a ordem de tirar o time de campo "não foi a ideal". Ilídio também procurou eximir de culpa seu filho, Marcos Lico, e o técnico do time. "O Argel é um profissional. Se for para ser penalizado, que seja eu, não ele ou o meu filho", disse, para depois fazer uma defesa ainda mais veemente. "Se tiver que entregar o cargo, eu entrego, mas não punam o meu filho".

Marcos Rogério Lico e Argel falaram por aproximadamente 30 minutos cada um. O conselheiro da Portuguesa afirmou que não chegou a entrar em campo e que a decisão de suspender a partida foi do delegado do jogo. Argel foi na mesma linha. "Se fosse por nós, treinador e jogadores, não teríamos saído", garantiu. "Isso é vergonhoso para mim como treinador".

Após três horas entre depoimentos e explanações da defesa e da acusação - reforçada pela presença do advogado do Joinville, Roberto Pugliese, que entrou como parte interessada - os auditores apresentaram seus votos. O do relator durou 20 minutos e refutou a tese da defesa, que se baseou na liminar da Justiça comum em favor de um torcedor. E também classificou como "amadorismo" algumas decisões que vêm sendo tomadas pela direção do clube paulista.

Ao fim do julgamento, o advogado da Portuguesa, José Luiz Ferreira de Almeida, afirmou que deverá recorrer das sentenças. "Entendo que as alegações levantadas pelos auditores em relação ao time da Portuguesa foram descabíveis", disse. "A matéria vai à apreciação da diretoria e do corpo jurídico".

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