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ALVINEGRO PRAIANO

Às vésperas das eleições, Marcelo Teixeira diz ter bagagem e estar atualizado

A eleição presidencial no Santos ocorre no próximo sábado (9) e marca o término da gestão comandada por Andrés Rueda

Igor de Paiva

Publicado em 06/12/2023 às 09:35

Atualizado em 06/12/2023 às 09:36

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Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos / Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

"Quando um clube está em um bom momento é muito fácil dirigi-lo. Agora, quando o rendimento deixa a desejar, é a hora do bom administrador mostrar trabalho e reerguer o clube". 

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Fazendo um paralelo entre o atual momento do Santos e sua passagem de 12 anos à frente do cargo que deseja voltar a ocupar no triênio de 2024 a 2026, Marcelo Teixeira respondeu às perguntas da Reportagem do Diário do Litoral na última segunda-feira (4). 

A eleição presidencial no Santos ocorre no próximo sábado (9) e marca o término da gestão comandada por Andrés Rueda.

DL- O Santos ainda não tem futuro definido no Campeonato Brasileiro, a sua gestão está preparada para comandar uma equipe independente de ela estar na Série A ou B?

Marcelo Teixeira - Quando um clube está em um bom momento é muito fácil dirigi-lo. Agora, quando o rendimento deixa a desejar, é a hora do bom administrador mostrar trabalho e reerguer o clube. Eu tenho uma história sólida com bons serviços prestados ao clube. E é com essa bagagem, somada a atualização a que me submeti, aos contatos feitos, ao que estudei sobre o futebol, enfim, tenho a tranquilidade em dizer que estou capacitado para assumir o Santos. Eu me coloco à disposição do clube e do torcedor para fazer o nosso querido Peixe voltar a ter o papel de protagonista.

DL- O Peixe hoje disputa um campeonato contra equipes que, em sua grande maioria, integram  SAFs ou tem parceria financeira forte para disputar títulos. Uma dessas duas opções, SAF ou fortes parceiros financeiros, estão entre os desejos da sua ideia de gestão?

M.T - Eu sou a favor da SAF, mas desde que sejam cumpridas algumas condições. SAF não é decisão do presidente, mas sim dos sócios. A SAF por si só não é garantia de modernidade. Não se faz uma SAF para reduzir dívidas, o que seria um atalho. E boa gestão não permite atalhos. SAF é vender parte do futebol do clube. E vender o ativo desvalorizado é uma estratégia equivocada. Se for para um dia virar SAF, o correto é fazer uma gestão responsável, valorizar os ativos do clube e negociar em patamar de valor condizente com o que o Santos vale. Mas com um detalhe importantíssimo: jamais vender o controle do futebol. Autonomia é algo inegociável.

DL- Independente do futuro do alvinegro em janeiro de 2024, já há a certeza de que será uma equipe com cofres humildes, como fazer para não repetir a campanha pífia do Paulistão de 2023?

M.T - Temos bons jogadores, mas é inegável que precisaremos reduzir o número atual de atletas, que chega a cerca de 50. O critério tem que ser qualidade e não quantidade. E teremos um time competitivo para honrar as tradições do clube. Se formos eleitos, faremos uma avaliação mais minuciosa com os profissionais envolvidos e adotaremos as medidas necessárias com muita responsabilidade e transparência.

DL- Hoje o grande nome do time, Marcos Leonardo, está com o futuro incerto e a saída para a Europa é dada como certa. Qual sua ideia ideal para o futuro do atleta? Convencê-lo a permanecer ou tentar fazer a melhor negociação possível?

M.T - Ele é um grande jogador, mas qualquer decisão envolvendo o elenco atual será precedida de uma avaliação rigorosa. E mais: o Santos ainda vive uma situação delicada no Brasileirão, portanto, esse não é o momento para qualquer análise do futebol profissional.

DL- Um dos grandes sonhos do torcedor, que se trata da 'Nova Vila Belmiro' já está em andamento. Como vai ser para você assumir uma gestão sem ter a principal arma do Peixe, que é o estádio, por um longo período de tempo no Brasileirão?

M.T - O início e a aprovação desse projeto ocorreram durante a minha gestão enquanto presidente do CD (Conselho Deliberativo). A prioridade será dar andamento ao projeto com a W. Torre, e, para isso, já conversamos com o prefeito da cidade, Rogério Santos, e com o CEO da W. Torre. Ambos estiveram na Universidade, no intuito de agilizar o projeto, tanto na Prefeitura, quanto nos demais órgãos.

DL- Na visão do senhor, qual o maior erro da atual gestão?

M.T - Eu não quero olhar pelo retrovisor e apontar o dedo para essa ou aquela pessoa. Vou olhar para frente e uma gestão profissional e um futebol vencedor está entre os meus cinco pilares de atuação: Base Formadora, Nova Arena e Centro de Treinamento, a marca é forte e também, além futebol feminino. 

DL - Por fim, olhando para o dia da eleição, qual a primeira coisa que o senhor vai fazer caso seja eleito?

M.T - Um choque de gestão no futebol do Santos. Depois de um amplo diagnóstico da atual situação do clube, após ouvir os responsáveis de cada setor, vamos agir para corrigir esse e outros problemas do Santos

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