05 de Maio de 2024 • 22:27
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse a parlamentares nesta quinta-feira (26) que é hora de o país se juntar aos ataques aéreos contra militantes do Estado Islâmico (EI) na Síria, argumentando que a Grã-Bretanha não pode "terceirizar a sua segurança para outros países".
Cameron foi derrotado em 2013 em uma votação sobre ataques aéreos contra as forças do ditador sírio, Bashar al-Assad, e agora precisa convencer vários legisladores de seu próprio partido, o Conservador, e alguns do oposicionista Partido Trabalhista para apoiarem sua causa, para conseguir o aval do Parlamento para a ação.
A Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento criticou a extensão dos ataques aéreos para a Síria no início deste mês, dizendo que sem uma estratégia clara para derrotar os militantes e acabar com a guerra civil tal ação seria "incoerente".
Mas desde que o EI assumiu a responsabilidade pela morte de 130 pessoas nos ataques em Paris, alguns parlamentares que estavam relutantes em lançar novos bombardeios na Síria têm passado a considerar que tais medidas são necessárias para proteger a Grã-Bretanha de ataques semelhantes.
"Não podemos nos dar ao luxo de ser capazes de esperar até que o conflito sírio seja resolvido antes de enfrentar o EI", escreveu Cameron em uma resposta às acusações da comissão.
"É errado o Reino Unido terceirizar a sua segurança para outros países, e esperar que as tripulações de outras nações arquem com o peso e os riscos de golpear o EI na Síria para acabar com o terrorismo aqui na Grã-Bretanha", disse.
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