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Cotidiano

Prato Feito completa um ano; Prócida, preso com R$ 4,6 mi e US$ 216 mil, responde em liberdade

Vice-prefeito à época da operação e um dos investigados, Márcio Melo Gomes, o Márcio Cabeça (sem partido), segue hoje como chefe do Executivo

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 09/05/2019 às 07:00

Atualizado em 09/05/2019 às 16:15

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Na casa do ex-prefeiro Prócida policiais apreenderam R$ 4,6 milhões e US$ 216,7 mil / Thiago Bernardes/Framephoto/Folhapress

A deflagração da Operação da Polícia Federal (PF) Prato Feito, contra fraude em licitações de fornecimento de recursos federais para a Educação em três estados e no Distrito Federal, completa um ano nesta quinta-feira (9) e segue provocando reflexos na política em Mongaguá.

Vice-prefeito à época da operação e um dos investigados, Márcio Melo Gomes, o Márcio Cabeça (sem partido), segue hoje como chefe do Executivo, após afastamentos em 2018, e nega qualquer irregularidade em sua conduta. Ex-presidente da Câmara da cidade, Rodrigo Biagioni, o Rodrigo Casa Branca (PSDB), que assumiu em 2018 duas vezes a Prefeitura, e diz ter vencido as eleições suplementares realizadas em outubro - a divulgação do resultado oficial segue suspensa -, afirma crer que voltará ao comando do Executivo por conta do pleito.

"Eu creio ainda que algo vai ser provado contra ele (Márcio Cabeça)", afirmou Casa Branca ao Diário do Litoral nesta quarta-feira (8). Ele segue como vereador.

Márcio Cabeça segue como chefe do Executivo desde 30 de outubro do ano passado. Inicialmente, em razão de uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, com efeitos que persistem após ter sido confirmada, em habeas corpus definitivo de 15 de março deste ano, em decisão do mesmo ministro.

Em nota, nesta quarta, Cabeça informou ao Diário que sempre se colocou à disposição da Justiça, respeitando todos os seus apontamentos, tempo de investigação e decisões. "Essa foi a filosofia adotada, mesmo sabendo desde o início que era questão de tempo para retornar ao Executivo de Mongaguá", disse.

Ainda segundo ele, "não havia nada de irregular em sua conduta ao longo dos anos em que esteve no cargo de vice-prefeito".

Também procurada pela Reportagem, a Polícia Federal (PF) informou nesta quarta que não há nenhuma atualização da investigação para ser divulgada.

Autuado em flagrante na data em que a operação foi deflagrada, o prefeito à época Artur Parada Prócida, então do PSDB, segue respondendo pelo crime de lavagem de dinheiro na primeira instância federal. Na casa dele os policiais apreenderam R$ 4,6 milhões e US$ 216,7 mil. Malavasi diz que, segundo Prócida, os reais são sobras de campanha eleitoral e que os dólares são uma herança do pai.

O defensor sustenta que "não havendo crime antecedente não há o que se falar em lavagem de dinheiro".

"Durante a instrução criminal nós iremos comprovar isso", declarou.

Eleições suplementares

Procurado nesta quarta-feira (8), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) diz que a divulgação do resultado das eleições suplementares segue suspensa porque ainda não há decisão judicial definitiva com relação à permanência de Márcio Cabeça no cargo e por conta de um mandado de segurança que tramita na 2ª Vara de Mongaguá.

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