05 de Maio de 2024 • 22:03
De nove estações visitadas pela reportagem do Diário do Litoral três estavam vazias / Rodrigo Montaldi/DL
A situação já virou rotina: quem precisa de uma bicicleta do ‘Bike Santos’ dificilmente encontra o veículo disponível na estação. Quando encontra, corre o risco de retirar uma bike quebrada, com pneu murcho, a corrente frouxa ou com problemas na marcha. A Reportagem do Diário do Litoral fez um tour pela cidade e pelas estações do serviço de compartilhamento público de bicicletas que existe desde 2012 e encontrou inúmeros problemas.
No trajeto entre o Centro de Santos e a Ponta da Praia, passamos por nove estações. Destas, três estavam vazias. A estação Vila Belmiro estava com nenhum veículo disponível, bem como a estação da Fonte do Sapo e a da Santa Casa. Já na Moura Ribeiro encontramos uma única bicicleta. As estações do Emissário e do Canal 2 foram as que mais tinham veículos, no entanto, pneus furados e cordas soltas eram visíveis em algumas bicicletas.
Embora a Prefeitura de Santos diga que 370 bicicletas estão em circulação nas 37 estações da Cidade, consulta ao site http://www.mobilicidade.com.br/bikesantos.asp realizada nesta quarta-feira, apontou que treze estações estavam sem veículos disponíveis, enquanto outras nove possuíam apenas um veículo e uma estava desligada. Na prática, apenas 52 bicicletas estavam disponíveis para a população.
O sistema atingiu em junho 1 milhão e 500 mil viagens, contando com 115.813 usuários cadastrados. O contrato com a atual empresa administradora do sistema segue até o final deste mês. Na semana passado foi aberta uma licitação para a continuidade do serviço na Cidade, quando serão definidas as novas regras para os usuários.
“Uso com frequência o serviço e minha única reclamação é o fato de algumas estações estarem frequentemente off line. Quando isso acontece a gente não consegue devolver a bicicleta e isso gera um problema, pois temos que ir até uma outra estação e voltar andando”, conta o estudante Eduardo Ribeiro, que usufrui do serviço há dois meses.
A reclamação é a mesma de Helena Feitosa. Ela faz diariamente o trajeto entre a estação Moura Ribeiro e a Universidade Monte Serrat, perto do local onde trabalha.
“É um transtorno quando a estação fica inativa, pois mesmo que você prenda a bicicleta o sistema continua indicando que ela está em uso. Além disso, tenho notado que nos últimos meses muitas estações estão sem bicicletas disponíveis”, conta.
Outro problema apontado por Helena é a falta de um sistema que indique anormalidades no equipamento após o uso. “Não tem como saber quando a pessoa devolve a bicicleta com o pneu furado ou com algum outro problema. Outra coisa é a marcha, que só quando estamos pedalando percebemos que está desregulada, mas de um modo geral gosto muito do serviço”, conta.
Outro lado
Em nota, a Prefeitura de Santos destacou que os problemas estão relacionados a ações de vandalismo. As bicicletas públicas do projeto ‘Bike Santos’ recebem diariamente manutenção da empresa operadora do sistema - Serttel, para que os veículos permaneçam limpos e em boas condições de uso. Das 370 bicicletas disponíveis para uso compartilhado na Cidade, cerca de 20 são retiradas das estações para limpeza e manutenção preventiva, feitos em oficina própria. Além disso, alguns reparos são feitos nas próprias estações.
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