X

Cotidiano

Petrobras e grevistas vão negociar hoje

A categoria pede reajuste salarial de 18% e a garantia de benefícios serão mantidos

Publicado em 09/11/2015 às 11:48

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Após oito dias de greve, os petroleiros conseguiram que a Petrobras aceitasse sentar à mesa para negociar. A empresa marcou dois encontros para hoje. Pela manhã, vai se reunir com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP). À tarde, com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Apesar de comemorarem a disposição da empresa, os sindicalistas afirmam que, caso a Petrobras demonstre que não tem boa vontade em relação às reivindicações, a greve poderá ser ainda mais acirrada durante esta semana.

“A gente está muito forte no movimento. Se a Petrobras não nos ouvir, vamos intensificar a greve”, afirmou Emanuel Cancella, coordenador da FNP. A entidade pede reajuste salarial de 18%, mas, até agora, a companhia só aceitou pagar 8,11%. Além disso, quer que a direção mantenha os benefícios trabalhistas previstos no acordo coletivo, suspensos no plano de cortes de gastos para fazer frente às dificuldades financeiras.

Já a pauta da FUP está focada na retomada do investimento e, principalmente, na suspensão do programa de venda de ativos. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também passou a ser alvo de críticas desde que defendeu mudanças na Lei da Partilha, que hoje prevê que a Petrobras deve ser operadora das reservas do pré-sal e responder por, pelo menos, 30% dos investimentos. O tema é tratado em projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP).

Sindipetro realizou manifestação em frente ao prédio da empresa em Santos (Foto: Luiz Torres/DL)

O membro do Conselho de Administração da Petrobras e presidente interino do Conselho de Administração da BR Distribuidora, Segen Stefen, se posicionou contrário a alterações na lei. “Sou favorável à sua manutenção (da Lei da Partilha), pois não julgo adequado fazer mudanças apressadas sem que se tenha um quadro de estabilidade no setor”, afirmou.

Greve

A greve na Petrobras foi iniciada no dia 29 de outubro por cinco sindicatos que compõem a FNP. No dia 1º, uniram-se ao movimento os sindicatos filiados à FUP, incluindo o da Bacia de Campos. O movimento foi iniciado pelos sindipetros Litoral Paulista, São José dos Campos, Rio de Janeiro, Alagoas/Sergipe e Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá.

A paralisação na área de cobertura da FUP - que inclui as Bacias de Campos e Santos, responsáveis pela maior parte da produção de petróleo e gás - atingiu hoje 54 plataformas marítimas e 11 refinarias, segundo a entidade.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Variedades

Praiamar Shopping contará com apresentações musicais no Dia das Mães

Show da Banda Sapato Velho, cover do Roupa Nova, abre a programação na sexta-feira (3)

Bertioga

Bertioga contará com Centro de Educação Ambiental

Trabalhos têm como objetivo revitalizar o CEA e aprimorar as diversas atividades já existente

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter