08 de Maio de 2024 • 11:11
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mostrou ceticismo nesta quinta-feira sobre as promessas russas de reduzir a volatilidade na Ucrânia e disse que os EUA e seus aliados estão prontos para impor novas sanções se Moscou não cumprir suas promessas.
"A minha esperança é que veremos ações concretas na sequência", disse Obama em uma entrevista coletiva improvisada na Casa Branca, poucas horas depois de o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ter encerrado uma reunião em Genebra com diplomatas da Rússia, Ucrânia e União Europeia. "A questão agora é se de fato eles usarão a influência que exerceram de forma disruptiva para restaurar um pouco de ordem a fim de que os ucranianos possam levar a cabo uma eleição, avançar com as reformas de descentralização propostas pela Rússia, estabilizar a sua economia e começar a retomar o caminho do crescimento e da democracia e se a sua soberania será de fato respeitada?", disse Obama.
Os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, dos Estados Unidos, da União Europeia e da Rússia alcançaram nesta quinta-feira um acordo sobre medidas imediatas para aliviar a crise na Ucrânia, depois de uma maratona de discussões nesta quinta-feira.
Alcançado após sete horas de negociação, o acordo não estabelece diretrizes específicas para o futuro da Ucrânia, mas exige de todos os lados que interrompam qualquer tipo de violência, intimidação ou ações provocativas. Também pede o desarmamento de todos os grupos armados ilegais e a devolução do controle dos prédios tomados por separatistas pró-Rússia às autoridades ucranianas.
O acordo coloca em suspenso - pelo menos por enquanto - sanções econômicas adicionais que o Ocidente havia preparado para impor à Rússia se as negociações fossem infrutíferas. Isso vai aliviar a pressão internacional, tanto sobre Moscou como sobre nações da União Europeia que dependem da Rússia para seu suprimento de energia.
Segundo o acordo, manifestantes que cumprirem com as exigências terão anistia, exceto aqueles acusados de crimes. O acerto prevê que os planos de Kiev de reformar sua Constituição e transferir mais poder do governo central para as autoridades regionais seja inclusivo, transparente e responsável - por meio da criação de um amplo diálogo nacional. Monitores da Organização Nacional de Segurança e Cooperação (OSCE) terão a responsabilidade de ajudar autoridades ucranianas e comunidades locais a cumprir os requisitos descritos no acordo.
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