26 de Abril de 2024 • 07:20
A Polícia Federal (PF) informou que os Estados Unidos têm até 90 dias para pedir ao governo brasileiro a extradição do narcotraficante mexicano José Diaz-Barajas do Brasil. Procurado pela agência antidrogas americana (DEA), ele foi preso pela PF na noite de segunda-feira, 16, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, de onde embarcaria para Fortaleza para acompanhar o jogo entre Brasil e México hoje.
Diaz-Barajas, de 49 anos, estava acompanhado da mulher e de dois filhos menores. Enquanto não sai o pedido de extradição, ele ficará detido no presídio Ary Franco, no Rio. O governo americano tem até três meses para pedir a extradição via Itamaraty para o Ministério da Justiça. A análise, no entanto, é feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O nome do mexicano consta na "difusão vermelha" da Interpol, banco de dados para pessoas que estão sendo procuradas para prisão e extradição. A PF começou a monitorá-lo desde que o mexicano comprou o ingresso dele e da família para o jogo de hoje. Diaz-Barajas produzia drogas sintéticas com insumos provenientes da Ásia e tudo era exportado para os Estados Unidos. O mexicano usava conexões com outros países na América Central - Belize e Guatemala - para pagar os fornecedores.
Segundo o coordenador-geral de cooperação internacional da Polícia Federal, Luiz Cravo Dorea, o mexicano não usou documentos falsos para entrar no País e não foi preso com drogas "Ele não achava que estava sendo procurado pela Justiça. Por isso, a tranquilidade", afirmou. A PF informou que até o momento 15 estrangeiros foram deportados do Brasil, sendo nove argentinos "barra bravas" - nome dado às facções violentas das torcidas de times de futebol argentinos; dois angolanos; dois nigerianos; e dois americanos (dos quais um tinha sido julgado e condenado por pedofilia).
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