25 de Abril de 2024 • 22:29
Cotidiano
Wilson Coutinho estava desde 16 de maio em busca do médico para saber o estado de saúde do filho internado. O encontro foi ontem, somente após ouvidoria e imprensa serem acionadas
Vinte dias. Esse foi o período que o aposentado Wilson Antônio Coutinho teve que esperar por uma palavra do médico psiquiatra responsável pelo atendimento psiquiátrico do filho, o estudante Willian Lima Coutinho, de 22 anos, internado desde 16 de maio último, no Hospital Municipal Irmã Dulce, localizado à Rua Dair Borges, 550, no Boqueirão, após uma crise em função da dependência química.
O encontro com o profissional só ocorreu ontem, às 20 horas, após o aposentado ter apelado à Ouvidoria do hospital e, no dia anterior, ter solicitado a presença da reportagem do Diário do Litoral, no momento da visita ao filho — das 15 às 18 horas. “Meu único filho estava em crise e deu entrada no hospital em 16 de maio. Até hoje (quarta-feira), eu não sei quem é o médico. Ele me deixou ‘a ver navios’. Sou atendido por auxiliares, que me disseram que ele não fala e nem quer contato com familiares, contrariando uma conduta natural de quem se formou para lidar com vidas”, desabafou.
Wilson Coutinho afirma que o rapaz vem se recuperando, mas gostaria de ouvir do médico o estado clínico real do filho e saber se pode dormir sossegado. “Eu tenho o direito de saber o estado do meu menino. Todos os dias eu venho aqui (hospital) e os funcionários dizem que nada podem falar sem autorização do médico. Volto para casa totalmente inseguro. Isso vem me tirando o sono e a saúde”, concluiu o aposentado, que precisa de dois laudos para poder dar prosseguimento aos recursos e o tratamento de Willian.
Hospital
Segundo o setor de Ouvidoria do hospital, Wilson Coutinho acabou preferindo não registrar seu relato, aguardando o horário do encontro com o médico. A coordenação de Enfermagem da Unidade de Psiquiatria do Hospital Municipal Irmã Dulce resumiu a situação confirmando o agendamento e ratificou que o paciente está em tratamento na Unidade, que é voltada para situações de surto psiquiátrico.
Inaugurado em 2008 e gerenciado no modelo de Organização Social de Saúde (OSS) o Hospital Municipal Irmã Dulce é mantido pela Fundação do ABC. A Prefeitura de Praia Grande investiu ao longo de três anos cerca de R$ 28 milhões no complexo municipal hospitalar.
Em mais de 11 mil metros quadrados de área construída, o Irmã Dulce ocupa prédio novo com seis pavimentos (cinco andares mais o térreo) e parte das instalações do atual Hospital Municipal de Praia Grande (antiga Santa Casa). A unidade opera com 158 leitos, sendo 15 de UTI. Os planos são de ampliar o número de leitos para a capacidade instalada de 210, com mais de 20 destinados à Terapia Intensiva.
O hospital dispõe de equipamentos de última geração e equipara-se às melhores unidades de saúde particulares do país. Conta com áreas de UTI Adulto, Infantil e Neonatal, Centro Cirúrgico e Centro Obstétrico, Maternidade, Farmácia, Ala de Internação Pediátrica com Brinquedoteca, clínicas Médica e Cirúrgica, entre outros. O atendimento no hospital é exclusivo para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
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