26 de Abril de 2024 • 12:40
Cotidiano
Túnel imerso é a melhor alternativa para ligação seca entre as duas cidades, defendem empresas e especialistas
Túnel Santos/Guarujá atenderia mais de 40 mil pessoas por dia / DIVULGAÇÃO
O projeto do túnel imerso para a ligação seca entre os municípios de Santos e Guarujá ganhou força com o lançamento, nesta quinta-feira (24), da campanha "Vou de Túnel". Uma coletiva de imprensa reuniu veículos nacionais e regionais para conhecer detalhes do movimento, criado por um pool de empresas, que defende que o túnel imerso é a melhor alternativa para a mobilidade urbana e melhoria da qualidade de vida da população das cidades, além de ser a opção mais rápida para o deslocamento e mais econômica para os cofres públicos.
Casemiro Tércio Carvalho, ex-presidente da Autoridade Portuária de Santos, está engajado no movimento. Engenheiro naval e executivo há mais de 15 anos, para Carvalho, o túnel aumenta o potencial de negócios do Porto de Santos, maior gerador de emprego e renda da Baixada Santista.
"O projeto do túnel traz mais segurança e viabiliza a passagem de navios mais altos, o que significa mais negócios para o Porto de Santos e impactos positivos na economia local. Não podemos jogar uma pá de cal no maior porto da América Latina, ao criar obstáculos para a navegabilidade e para o desenvolvimento da operação portuária", analisa.
Tércio defende que o projeto de Túnel seja incluído na desestatização do Porto de Santos que está nos planos do Governo Federal. Ele explica que o objetivo da campanha é informar a todos sobre as vantagens do modal, tanto para o desenvolvimento portuário na região, quanto para as cidades de Santos e Guarujá. "A comunidade merece participar ativamente da discussão e ter acesso às informações e aos dados técnicos que comprovam que o túnel imerso é a melhor alternativa de ligação seca entre as duas cidades", pondera.
O diretor da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos, Eduardo Lustoza, destaca que os números apontam o projeto do túnel imerso, primeiro a ser construído no Brasil, como a forma mais eficiente, rápida e econômica de conectar os municípios. Promovendo, simultaneamente, mobilidade urbana e desenvolvimento portuário em Santos, atividade que impacta positivamente a economia de todo o país.
"O túnel Santos/Guarujá atenderá mais de 40 mil pessoas por dia e reduzirá em 25 minutos o tempo de travessia. O trajeto entre as cidades passará a ser feito em menos de cinco minutos. Com a distância de apenas 1,7 km e localização estratégica, o túnel é também uma opção mais econômica e tem menor custo do que os outros projeto apresentados."
INCLUSÃO, ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE
Lustoza, que é consultor portuário há 40 anos, também argumenta que a escolha deste modal para a ligação seca entre as cidades de Santos e Guarujá promove a inclusão social e sustentabilidade ambiental e econômica.
A Autoridade Portuária de Santos atualizou o traçado, em 2019, o que permitiu reduzir a necessidade de desapropriações e baratear a obra, além de representar menor impacto no ambiente urbano. "Com a medida, 95% das desapropriações previstas pelo projeto anterior foram eliminadas", destaca Tarcísio Barreto Celestino, mestre e doutor em Engenharia Civil pela University of California Berkeley e professor no Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos (USP).
De acordo com Celestino, um dos maiores especialistas em túneis do Brasil, esta é a melhor alternativa sob o prisma da mobilidade urbana, já que permite a integração de ciclovias, conta com uma via exclusiva para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), reduzindo o tempo de deslocamento com o transporte público e proporcionando menos trânsito na balsa.
"No túnel todos são bem-vindos, já que o projeto disponibiliza acesso seguro para ciclistas, pedestres e skatistas. Com um debate técnico e amplo, envolvendo os governos federal, estadual e municipal, além da Autoridade Portuária e de toda a população da região, ficará claro que o túnel é o caminho mais viável para a ligação seca", garante Celestino.
O especialista lembra que países desenvolvidos, como a Holanda, têm apostado na construção de túneis em detrimento de projetos considerados obsoletos e que inviabilizam a passagem de navios maiores.
Ecológico e sustentável, o projeto prevê a redução da poluição do ar e da emissão de CO² na atmosfera. Se comparado à travessia de balsa, o túnel promove a redução de 72 toneladas nas emissões de monóxido de carbono por ano.
Aliadas ao pool de empresas, apoiam também a campanha 'Vou de Túnel,' o Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), a Universidade Santa Cecília (Unisanta) e o International Tunelling and Underground Space Association (ITA), entre outros.
Uma petição online em defesa do projeto do túnel imerso como a melhor solução de ligação seca para a Baixada Santista está disponível no site da campanha no link: https://bit.ly/2Ht0aPY
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