05 de Maio de 2024 • 17:16
Até ontem a região tinha 73 casos suspeitos, a maioria em Santos, com 50. SV é a única sem casos até agora / Nair Bueno/DL
A Baixada Santista corre o risco de contabilizar cerca de 1,9 mil casos de coronavírus (Covid-19), segundo o Secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz. O cálculo foi feito pelo médico Marcos Caseiro com base na estimativa da propagação ocorrida em Wuhan, na China, epicentro da doença. Lá, 0,1% da população foi infectada pelo coronavírus.
A conta acendeu o alerta para a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em atender essa demanda. A Região conta com cerca de um leito público para cada 10 mil habitantes, o que é insatisfatório para atender todos os possíveis casos de coronavírus. Até ontem a Região tinha 73 casos suspeitos, a maioria em Santos, com 50. SV é a única sem casos até agora.
Fábio acredita que, entre os casos confirmados dentro do cálculo, cerca de 10% a 15% dos pacientes - entre 190 a 250 pessoas - podem apresentar sintomas mais graves da doença e, consequentemente, necessitar de internação hospitalar.
A Baixada tem uma população de 1 milhão e 900 mil pessoas, mas conta com apenas 464 leitos de UTI Adulto, dos quais 263 são em Santos.
Para evitar um colapso no sistema público de saúde, caso a doença alcance a estimativa, é preciso, segundo Ferraz, agregar as redes pública e privada do setor. Além disso, há a necessidade de implantar novos leitos no SUS.
"Quando agregamos a rede privada, alcançamos 2,4 leitos. Quanto aos novos leitos no SUS, é para que possamos ter centros de referência específicos para monitoramento de eventuais pacientes", explicou. Ele ressaltou também que 80% das pessoas que vierem a ser infectadas não terão necessidades severas.
O que será feito
O plano emergencial prevê a utilização do nono andar do Complexo dos Estivadores, que já tem estrutura pronta para tratamento intensivo. A proposta é que possam ser instalados 20 leitos de UTI no local, além de outros 30 no Hospital Guilherme Álvaro. (Vanessa Pimentel)
São Vicente
Agentes de trânsito estarão no local, reforçando a sinalização
EDUCAÇÃO
Prefeito tentou transformar espaço em escola cívico-militar durante Governo Bolsonaro, mas proposta não teve êxito