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Cotidiano

Baixada Santista pode ter quase dois mil casos de coronavírus

Cálculo foi feito pelo médico Marcos Caseiro com base na estimativa da propagação ocorrida em Wuhan, epicentro da doença

Vanessa Pimentel

Publicado em 18/03/2020 às 07:00

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Até ontem a região tinha 73 casos suspeitos, a maioria em Santos, com 50. SV é a única sem casos até agora / Nair Bueno/DL

A Baixada Santista corre o risco de contabilizar cerca de 1,9 mil casos de coronavírus (Covid-19), segundo o Secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz. O cálculo foi feito pelo médico Marcos Caseiro com base na estimativa da propagação ocorrida em Wuhan, na China, epicentro da doença. Lá, 0,1% da população foi infectada pelo coronavírus.

A conta acendeu o alerta para a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em atender essa demanda. A Região conta com cerca de um leito público para cada 10 mil habitantes, o que é insatisfatório para atender todos os possíveis casos de coronavírus. Até ontem a Região tinha 73 casos suspeitos, a maioria em Santos, com 50. SV é a única sem casos até agora.

Fábio acredita que, entre os casos confirmados dentro do cálculo, cerca de 10% a 15% dos pacientes - entre 190 a 250 pessoas - podem apresentar sintomas mais graves da doença e, consequentemente, necessitar de internação hospitalar.

A Baixada tem uma população de 1 milhão e 900 mil pessoas, mas conta com apenas 464 leitos de UTI Adulto, dos quais 263 são em Santos.

Para evitar um colapso no sistema público de saúde, caso a doença alcance a estimativa, é preciso, segundo Ferraz, agregar as redes pública e privada do setor. Além disso, há a necessidade de implantar novos leitos no SUS.

"Quando agregamos a rede privada, alcançamos 2,4 leitos. Quanto aos novos leitos no SUS, é para que possamos ter centros de referência específicos para monitoramento de eventuais pacientes", explicou. Ele ressaltou também que 80% das pessoas que vierem a ser infectadas não terão necessidades severas.

O que será feito

O plano emergencial prevê a utilização do nono andar do Complexo dos Estivadores, que já tem estrutura pronta para tratamento intensivo. A proposta é que possam ser instalados 20 leitos de UTI no local, além de outros 30 no Hospital Guilherme Álvaro. (Vanessa Pimentel)

 

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