06 de Maio de 2024 • 11:19
Sem nunca ter registrado nenhum motorista multado por trafegar acima do limite de velocidade - hoje em 50 km/h -, a Avenida Paulista aguarda pela construção no canteiro central de uma ciclovia estimada em R$ 15 milhões para, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), ter uma rede de fibra ótica.Segundo o órgão, a tecnologia é necessária para a instalação de radares no cartão-postal da cidade.
Na história recente da via, duas ciclistas morreram atropeladas no local e um jovem teve o braço decepado por um motorista que trafegava em alta velocidade. "As infrações por excesso de velocidade são registradas somente por equipamentos eletrônicos" explicou a CET.
Segundo a empresa municipal, "na Avenida Paulista, nunca foi usado ou implementado qualquer tipo de equipamento eletrônico de fiscalização". Hoje, apenas marronzinhos aplicam multas - não de velocidade. Em 2012, foram 20.104 autuações e, em 2013, outras 18.716 multas. Neste ano, foram registradas 9.448 infrações.
A Prefeitura quer instalar radares entre os números 700 e 1.400 da via. O trecho, de acordo com a CET, concentra cerca de 45% dos acidentes de trânsito na região. Também está prevista a fiscalização das faixas exclusivas de ônibus.
Os equipamentos fazem parte da licitação que prevê 843 novos radares em São Paulo. Deste total, 85 foram colocados em operação. Outros 431 são do formato antigo. A ampliação, afirma a companhia, "está ocorrendo de forma gradual".
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