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Saúde

Baixada Santista confirma um novo portador de HIV por dia

Só nos primeiros três meses deste ano, 94 novos casos positivos para o vírus da Aids foram registrados pelos sistemas de saúde da região

Publicado em 02/05/2016 às 10:30

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O histórico santista para a doença não é dos melhores. Santos, que já foi considerada a “capital nacional da Aids”, registra o maior número de casos da região este ano / Matheus Tagé/DL

Os números de contaminados pelo vírus da Aids na Baixada Santista assusta: nos três primeiros meses de 2016, a região registrou – em média – um caso por dia. No total, 94 casos foram registrados pelos sistemas de saúde das nove cidades. No entanto, o carro-chefe desta má notícia vem de Santos: 70 casos registrados nos primeiros meses do ano.

O histórico santista para a doença não é dos melhores. Santos, tão marcada com o maior Porto da América Latina, já foi considerada a “capital nacional da Aids” durante duas décadas por possuir o maior número de casos da doença, proporcionais à população da cidade.

Mesmo assim, a cidade ainda tenta reverter esse quadro apostando em programas que são referências no combate ao HIV. Entre os anos 1980 e 2000, Santos viu o número de infectados crescer de forma descontrolada. Em 1996, a cidade tinha 110,37 doentes para cada grupo de 100 mil habitantes.

Atualmente, os números também não são satisfatórios. Em 2015, a cidade registrou 279 casos da doença. Em 2014, 268 casos registrados.

“O maior conhecimento em torno da quantidade de pessoas soropositivas já era esperado em virtude do incentivo da Prefeitura à testagem, que pode ser feita no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e nas policlínicas”, justifica a Administração.

O  teste rápido pode ser feito no CTA, ligado à Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas (Rua Silva Jardim, 94), de segunda a sexta-feira, das 8 às 13 horas. O atendimento é sigiloso e aqueles que apresentarem alterações serão encaminhados para confirmação de resultado, orientação com equipe multiprofissional e tratamento gratuito. São oferecidos o teste rápido de polpa digital, o teste de fluido oral e os testes tradicionais como opções para a população.

Os interessados também podem procurar a policlínica mais próxima e passar por consulta médica para coleta do exame convencional, cujo resultado leva cerca de dez a 15 dias. Não é preciso estar em jejum, apenas apresentar documento de identidade com foto.

Segundo a Administração, após a confirmação do HIV, o paciente inicia imediatamente o tratamento com medicamentos antirretrovirais, mesmo que ainda não tenha Aids (manifestação de sintomas). Os antirretrovirais reduzem a carga viral no corpo do paciente e ajudam a diminuir a transmissão do HIV.

Números na região

Nas demais cidades da Baixada, os números são mais baixos. Em Bertioga, por exemplo, três casos foram registrados nos primeiros meses do ano. Atualmente, a Prefeitura faz acompanhamento de 100 pacientes soropositivos.

Em Cubatão, foram dois casos registrados este ano: um homem e uma mulher, com até 25 anos de idade e moradores de bairros periféricos.

Em Guarujá, o número de casos deste ano chegou a 12: sete entre jovens de 20 a 29 anos, três na faixa etária de 30 a 39 anos e dois na faixa etária de 40 a 49 anos.

Em Itanhaém, segundo a Prefeitura, não há dados dos anos de 2015 e 2016, visto que os dados são lançados no Boletim Epidemiológico pela Vigilância Sanitária do Estado, que ainda não lançou os dados no sistema do Estado dos referidos anos.

Em Mongaguá, três casos registrados nos primeiros meses de 2016. Na vizinha Peruíbe, dois novos caos. A cidade faz acompanhamento de 196 pacientes. Em Praia Grande, os dados ainda não foram computados. Atualmente, cerca de 1.500 pessoas realizam o tratamento de HIV. Os dados da Baixada se completam com São Vicente: dois casos este ano.

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