X

Mundo

Brasileira é morta a tiros por engano pela polícia em Lisboa

A mulher, que ainda não teve a identidade divulgada oficialmente, foi atingida no pescoço e morreu antes de chegar ao hospital

Folhapress

Publicado em 16/11/2017 às 11:27

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Uma brasileira de 35 anos foi baleada e morta por engano pela polícia de Lisboa na madrugada de quarta-feira (15), após o carro em que estava ser atingido por vários disparos feitos pelos policiais

A mulher, que ainda não teve a identidade divulgada oficialmente, foi atingida no pescoço e morreu antes de chegar ao hospital.

A polícia confundiu o carro em que ela e o marido estavam, um Renault Megane preto, com um outro veículo que havia acabado de participar de um assalto a um caixa-eletrônico.

Segundo a imprensa portuguesa, o carro foi atingido por pelo menos 20 tiros.

O veículo em que os assaltantes estavam, um Seat Leon preto, havia escapado de uma perseguição policial minutos antes, em uma região próxima ao local onde a brasileira foi atingida.

Segundo a PSP (Polícia de Segurança Pública), o motorista não obedeceu às ordens de parar o carro e, durante a fuga, tentou ainda atropelar os polícias, "que tiveram de afastar-se rapidamente para não serem atingidos" e "foram obrigados a recorrer a armas de fogo".

Fontes ouvidas pela reportagem dizem que o marido da vítima, também brasileiro, estava dirigindo o veículo sem carteira de habilitação e nem seguro do carro (que é obrigatório em Portugal). Por isso, acabou se assustando ao se deparar com vários carros da polícia na estrada.

Após dar marcha a ré e bater em uma parede, o homem acabou avançando em direção aos policiais, que abriram fogo.

REPERCUSSÃO

O caso ganhou espaço na imprensa de Portugal, que tem um número muito baixo de mortes envolvendo forças policiais. Entre 2013 e 2015, não houve nenhuma vitima fatal.

A brasileira foi a primeira morte provocada por policiais em Portugal em 2017.

O caso faz lembrar um outro brasileiro assassinado por engano pela polícia na Europa.

Em julho de 2005, o mineiro Jean Charles de Menezes, 27, morreu após ser atingido pela unidade armada da Scotland Yard no metrô de Londres. Ele fora confundido com um terrorista pela polícia inglesa.

Em nota, a Embaixada brasileira em Portugal afirmou que o país está dando suporte à família da vítima.
"A Embaixada lamenta profundamente o ocorrido. A família da vítima já entrou em contato com o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa, que prestará o apoio cabível", diz.

"A Embaixada acompanha atentamente o caso e aguarda novas informações a respeito do inquérito com vistas a determinar o curso de ação a ser tomado", completam.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Homem é morto em confronto com PMs em Guarujá

Um dos agentes envolvidos alegou que sua câmera corporal estava descarregada no momento dos tiros

Cotidiano

Ônibus colidem com posto de combustível e deixam 13 feridos em Santos; ASSISTA

O acidente ocorreu por volta das 6h30, no cruzamento da Rua Comendador Martins com a Júlio de Mesquita

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter