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Santos

Trânsito no Piratininga vira um 'caos', afirmam moradores

Ecovias e CET de Santos não conseguem solucionar a questão no bairro

Carlos Ratton

Publicado em 30/01/2024 às 07:00

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Veículos pesados destroem calçadas e causam perigo a pedestres / Divulgação

Entra ano, sai ano e a falta de sinalização viária no bairro do Piratininga, em Santos, continua. Agora, a situação é ainda mais difícil pois os veículos, incluindo os pesados, como ônibus e caminhões, estão circulando em alta velocidade porque os veículos com destino a São Paulo (Capital) estão acessando, de forma equivocada, a segunda entrada do bairro, feita em função da Nova Entrada de Santos, implantada pela Ecovias - concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).

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Os moradores já haviam feito uma manifestação para tentar, mais uma vez, sensibilizar a concessionária e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, responsável pelo trânsito da Cidade, incluindo sinalização aérea e de solo. A diretora da Associação de Moradores do Piratininga, Sara dos Santos, nascida no bairro, explica que há meses o local deixou de ser um ambiente seguro.

"Entram perdidos e em alta velocidade, fazem manobras bruscas, quebram calçadas, rompem fios de energia, canos de abastecimento de água e causam acidentes. Fazem tudo isso, não param e vão embora porque pensam que aqui é um lugar perigoso. Aqui, todos trabalham e pagam impostos. Não temos sequer lombadas redutoras de velocidade. Sou enfermeira e já socorri inúmeras vítimas", afirma Sara.

Segundo alerta, o fluxo maior ocorre entre as ruas Doutor Edgar Ferraz Navarro e Capitão Luiz Antônio Pimenta. Também envolve as ruas dos Portugueses e Etelvina de Paula Freire, no trecho sob o viaduto que leva o nome do bairro. "Já informamos todas as autoridades, inclusive o Ministério Público. Estão esperando que seja atropelada uma criança ou idoso para que alguma coisa seja feita?", indaga.

O presidente da Associação, Diego da Silveira Reis, vem há meses fazendo vídeos e cobrando providências que nunca foram tomadas. "O bairro existe há 54 anos e nunca nos deparamos com situação semelhante. O copo transbordou. Entendemos que a vida é o bem mais importante e nossa comunidade está sob risco diário. As casas estão com rachaduras por conta dos veículos pesados", completa.

ECOVIAS.

A Ecovias informa que não tem autonomia para impor restrições à circulação de veículos pesados no local, definição que cabe à Prefeitura, ou para implantar lombadas sem a aprovação do órgão competente, no caso, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Porém, no intuito de apoiar os moradores do Piratininga, a concessionária garante que forneceu barreiras plásticas para restringir a largura no acesso ao bairro e solicitou ao aplicativo de navegação por GPS (Waze) que retire a rota alternativa por dentro do bairro, pois os veículos que estão trafegando na SP-148 com destino à Rodovia Anchieta, possuem acesso pela nova configuração da Avenida Bandeirantes após a obra do Binário - Fase 2.

Informa ainda que já protocolou carta no DER solicitando a aprovação de um projeto que inclui, além das lombadas, placas de redução de velocidade. Sobre a proibição do tráfego dentro do município, ela deve ser definida pela Prefeitura.

Lembra que, juntamente com a obra de reformulação da entrada de Santos, para melhoria do tráfego na região, a Ecovias investiu em melhorias da pavimentação e drenagem e reforçou a sinalização no trecho citado para garantir mais segurança viária aos motoristas.

PREFEITURA.

A Prefeitura informa que a Avenida Bandeirantes e o trecho do viaduto são áreas de responsabilidade da Ecovias que foi notificada para participar de uma reunião com os moradores. Em relação aos impactos do tráfego de caminhões, a CET verifica possíveis pendências na sinalização de trânsito.

Garante que já implantou placas informando o sentido das vias, bem como as restrições de manobras na rotatória localizada na Rua dos Portugueses com a Etelvina de Paula Freire. Programou lombadas e ainda está intermediando reunião com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo para buscar solução da situação.

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