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Santos

Secretária de Desenvolvimento Social de Santos quer otimizar equipamentos

Três novos abrigos em estágios variados estão sendo pensados

Carlos Ratton

Publicado em 08/02/2024 às 07:00

Atualizado em 08/02/2024 às 09:30

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Audrey Kleys vem lutando contra o higienismo social em Santos / Nair Bueno/DL

A secretária de Desenvolvimento Social de Santos, Audrey Kleys, neste segundo ano frente à pasta mais sensível do Município, está tentando otimizar os equipamentos e serviços oferecidos pelo setor, principalmente em relação à assistência às pessoas em situação de rua da Cidade, que aumentaram muito em função da pandemia de Covid 19 e também por conta da economia do País nos último anos.

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Em contato com o Diário, revelou que há três novos abrigos em estágios variados de evolução sendo pensados. Um deles será construído em um terreno recém-adquirido pela Prefeitura e que está situado atrás do emergencial, localizado à Rua General Câmara, 249 (Centro), que e funciona das 18 às 7 horas.

"Será para famílias. Pessoas que querem acolhimento mas se recusam a ser separadas e por isso acabam permanecendo nas ruas. Outro será um misto de república para casos mais evoluídos e abrigo, na Rua João Pessoa, próximo da área portuária", informa Audrey por intermédio de sua Assessoria.

Audrey Kleys vem lutando contra o higienismo social. "É preciso que as pessoas compreendam que a legislação impede que pessoas sejam retiradas à força das ruas e que seus objetos sejam confiscados. Temos que oferecer a rede de apoio e capacitar essas pessoas para que resgatem a autonomia e sejam reinseridas no mercado de trabalho", completa a secretária.

COMERCIANTES.

Audrey Kleys lembra que muitos comerciantes entram em contato reclamando de pessoas em situação de rua que ocupam as calçadas em frente aos seus imóveis. E isso a está impulsionando em busca de novas alternativas que os satisfaçam, apesar de entender que a raiz do problema é mais de saúde pública do que social.

"Além das reuniões com as equipes da saúde para esse alerta permanente, da importância do trabalho na rua, buscamos mais espaço de convivência para a realização de cursos, oficinas e outras iniciativas. As pessoas que não estão em vagas fixas deixam o pernoite e voltam para as ruas. Estamos viabilizando um terreno, via Termo de Responsabilidade de Implantação de Medidas Mitigadoras e/ou Compensatórias (TRIMMC) - assinado entre a prefeitura e a iniciativa privada - para a ampliação do trabalho para pessoas ao lado do Centro POP", adianta.

A secretária lembra que muitas pessoas em situação de rua são usuárias de álcool e drogas em função de problemas psicológicos profundos, que as levam a tomar algumas atitudes socialmente indesejáveis.

"Essas pessoas vivem em sofrimento. Muitas vezes, até durante os surtos, quando ficam violentos, os funcionários do desenvolvimento social têm dificuldades em atender. Estou reforçando a necessidade da atuação, em parceria conosco, dos profissionais da área da saúde, que têm a experiência em lidar com essas situações-limite", revela.

Nesta sexta-feira (9), Audrey Kleys adianta que terá uma reunião com comerciantes para, mais uma vez, mostrar as dificuldades, o trabalho sendo feito e as novidades que virão.

VAGAS.

Santos conta com cerca de 600 vagas em abrigos, em que recebem refeição (jantar e café da manhã), possibilidade de banho, materiais de higiene e limpeza e roupas limpas, caso necessário.

A rede de acolhimento inclui a Seção de Acolhimento e Abrigo Provisório de Adultos, Idosos e Famílias em Situação de Rua (Seacolhe-Aif) e Seção Abrigo para Adultos, Idosos e Famílias em Situação de Rua (Seabrigo-Aif).

Também são oferecidas vagas nas instituições conveniadas - Albergue Noturno, Casa das Anas e a Casa de Passagem Êxodo. A cidade passa a contar ainda, a partir deste mês, com 40 vagas a mais voltadas ao atendimento de mulheres vítimas de violência.

Além dos abrigos, Santos conta com o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, o Centro Pop (Rua Amador Bueno, 446, Vila Nova), que oferece diversos serviços como ajuda na emissão de documentos e o recâmbio qualificado. A Cidade conta também com o serviço de Abordagem Social, pelo telefone 153.

A Secretaria iniciou os estudos para a implantação do conceito de Housing First - Moradia Primeiro - em Santos. Esse programa garantirá moradia a pessoas que hoje vivem nas ruas e que atendem a certas características. Cerca de 40% das pessoas em situação de rua de Santos são da própria Cidade.

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