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Santos

Residência sofre danos por conta de tremores ocasionados por obra na Perimetral

Morador precisou atrasar planos de reformas por conta da obra no trecho

Igor de Paiva

Publicado em 05/01/2024 às 07:30

Atualizado em 05/01/2024 às 14:21

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Morador precisou atrasar planos de reformas por conta da obra no trecho / Arquivo Pessoal

As obras da avenida Perimetral, em Santos, têm atrapalhado a vida dos moradores do Bairro do Estuário. Essa foi a denúncia de Tata Kitu Sobu, sacerdote de Kimbanda, morador de uma sobreposta, localizada na região, que está enfrentando problemas por conta do uso da ferramenta conhecida como ‘bate-estaca’ no projeto.

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De acordo com o sacerdote, as obras se iniciaram há cerca de três semanas. Ao encontro disso, Tata afirma que a idealização é fruto de uma parceria entre a empresa que possui galpões no trecho, a Eldorado Brasil Celulose,  e a responsável pela manutenção da via, a Autoridade Portuária de Santos (APS). Ainda de acordo com ele, o grande objetivo da ação é fazer uma passarela no cruzamento entre a rua Coronel Raposo e a avenida, além da  adição de um anel viário no trecho. 

O bate-estaca está entre os equipamentos utilizados pela equipe de construção. Em conteúdo liberado para a Reportagem do Diário do Litoral é possível ver como a ação no solo cria temores e atrapalha o dia a dia dos moradores do imóvel. O instrumento funciona como uma espécie de martelo que causa forte impacto no chão. “ Os responsáveis pela obra vieram aqui antes dela começar. Aqui é uma sobreposta, foi feita uma vistoria no térreo, e eu pedi para que eles me chamassem para fazer na parte alta. Mas isso não aconteceu”, explicou. 

De acordo com especialistas e informações preliminares, o uso do bate-estaca pode causar danos em outros imóveis através do impacto da perfuração. No caso de Tata, uma janela está emperrada e uma outra está com o vidro trincado por conta do aumento dos tremores. 

Somado a isso, ele conta que precisou atrasar os planos de reforma por receio de perder de vista algum problema do imóvel. “ Eu ia iniciar a reforma, pintura, trocar piso, batentes e janelas, mas fiquei com medo de esconder rachaduras que possam parecer. Acredito que já tenha aparecido por conta da janela que agora abre com muita dificuldade”, explicou. 

TECNOLOGIA ULTRAPASSADA.

A experiência do proprietário da sobreposta, o fez duvidar do uso da ferramenta. Antigo morador do Bairro Aparecida, ele conta que uma obra de um edifício não utilizou o bate-estaca, mas sim uma outra tecnologia que evitou danos em terrenos vizinhos. “ Eu digo que o bate-estaca é ultrapassado por conta de uma outra obra. Eu morava perto da Rua Alexandre Martins e lá utilizaram uma espécie de furadeira que abria o solo para a adição do concreto na construção de um prédio de mais de vinte andares”,finaliza.  

RESPOSTAS.

Procurada pela Reportagem do Diário, a Eldorado Brasil Celulose, empresa responsável pela obra,  explicou todos os objetivos do projeto. Além disso, lamentou os prejuízos causados ao imóvel do sacerdote.

A empresa informa que a etapa de bate-estaca será concluída neste sábado, 6 de janeiro e reforça que o novo anel viário vai gerar melhorias significativas no trânsito local e reduzir gargalos relacionados ao fluxo de veículos pesados.

Já a Autoridade Portuária de Santos afirma que o serviço conta com todas as licenças necessárias, que compreende o incômodo da vizinhança e também solicita paciência, em vista do benefício que advirá da reconfiguração da via entre o canal 4 e a Ponta da Praia, na região portuária. 

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