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Santos

Homem indiciado por estuprar mulher em situação de rua tem prisão negada pela Justiça

O caso aconteceu e foi filmado na Rua Braz Cubas, no Centro de Santos, onde a mulher estava deitada na calçada

Da Reportagem

Publicado em 22/05/2024 às 09:00

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Nas imagens, é possível ver que o homem se aproxima e a toca nas partes íntimas da mulher / Reprodução

Um novo pedido de prisão preventiva, apresentado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), contra o homem indiciado por estuprar uma mulher em situação de rua foi negado pela Justiça de Santos. Segundo entendimento da juíza, não há fundamento para alterar a decisão.

O caso aconteceu e foi filmado na Rua Braz Cubas, no Centro de Santos, onde a mulher estava deitada na calçada.

Nas imagens, é possível ver que o homem se aproxima e a toca nas partes íntimas da mulher, que o empurrou com as pernas. Depois, ele foi visto fazendo uma 'cabana' com papelões para consumar a relação sexual.

Ambos prestaram depoimento à Polícia Civil. O homem afirmou que o ato foi consentido. A mulher em situação de rua, negou. O caso é investigado como estupro de vulnerável.

Na decisão, a juíza considerou que não há informação de que o homem tenha descumprido as medidas cautelares impostas na decisão anterior, como a determinação de que não mantenha contato com a mulher e não saía da cidade sem autorização judicial.

"Assim, entendo ausentes os requisitos da prisão preventiva, indefiro o pedido", decidiu a juíza.

Não foi um caso isolado

Pelo menos mais dois casos de estupro de mulheres em situação de rua foram descobertos essa semana pela Reportagem do Diário em Santos, após o episódio ocorrido na calçada da Rua Brás Cubas, no Centro, no último dia 3. Há informações da existência de muito mais que nunca foram registrados por medo das vítimas.  

Situações dramáticas como essa estariam acorrendo rotineiramente na Cidade, mas só agora uma delas ganhou as redes sociais. Conforme apurado pela Reportagem, geralmente tudo ocorre à noite, sob o manto da violência seguida de ameaças de morte, caso as mulheres atacadas resolvam denunciar ou procurar ajuda, principalmente da Polícia. 

A coordenadora do Movimento Nacional de Luta e Defesa da População em Situação de Rua (MNLDPSR), Laureci Elias Dias, a Laura Dias, conversou com as outras duas que sofreram violência sexual recentemente e elas se mantém muitos assustadas para conceder entrevista e preferem não ser identificadas.

“Como a maioria das vítimas não se apresenta, por inúmeros motivos sociais, inclusive de ameaças, fica a palavra do criminoso contra a da vítima, que por boa parte da população é taxada de drogada e que vende o corpo por droga. Nós, que trabalhamos nas ruas, sabemos que não bem assim. Elas não tem apoio da família, da sociedade e de nenhuma autoridade. É preciso que se entenda que mulher em situação de rua não é papel higiênico que o cara usa e depois joga fora”.

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